De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, as adolescentes imunizadas podem ser a primeira geração livre da doença. “As meninas que estão sendo vacinadas agora contra HPV, juntando a proteção da vacina com a proteção dada pelo exame Papanicolau, pode ser a primeira geração que estará livre do câncer do colo do útero. Isso era inimaginável há 10, 15 anos atrás. Essas meninas não podem ter esse direito negado, de ser a primeira geração que não vai morrer de câncer do colo do útero”.
O diretor de vigilância das doenças transmissíveis do ministério da saúde, Cláudio Maierovitch garante que a vacina é segura. “A vacina contra o HPV ela não contém vírus, ela não contém bactérias. Ela é uma vacina que contém algumas moléculas, que são agrupadas por um procedimento de biologia, de engenharia genética, que são moléculas que também estão presentes no vírus, justamente para mostrar para o sistema imunológico das pessoas um pedacinho do vírus e ensiná-lo a reagir contra esse pedaço do vírus. Como a vacina não tem vírus e não têm bactérias ela não produz infecção, ela é uma vacina extremamente segura”.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, explica que a proteção contra o vírus HPV só será eficaz para as garotas que receberem as três doses da vacina. “Só com a primeira dose as meninas não ficam protegidas. Para ficar protegida pela vida inteira precisa fazer a segunda dose agora e daqui a cinco anos fazer a terceira e última dose, mas vale a pena”.
No Brasil, apesar dos avanços na redução das mortes por câncer do colo do útero, 14 mulheres morrem todos os dias vítimas dessa doença. A vacinação contra o HPV está disponível em todos os postos de saúde do país.
Fonte: Karina Chagas/ Agência Saúde