(Bloomberg) — A economia da Austrália poderia se expandir em até 8% se a desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho diminuísse ainda mais, segundo o Goldman Sachs.
A participação das mulheres no local de trabalho ainda está distorcida em relação à parcela dos homens, apesar dos avanços conseguidos na década passada. Agora, a Austrália está entre as 10 principais economias da OCDE em termos de participação feminina, segundo atualização de um relatório publicado pela primeira vez há uma década pelo banco de investimentos.
“Embora tenha havido um grande aumento na participação feminina na Austrália, uma considerável desigualdade de gênero persiste”, disse Andrew Boak, economista-chefe do Goldman na Austrália. “Essa lacuna é evidente na sub-representação de mulheres em conselhos de administração de empresas listadas, nos cargos de gerência, na política e nos setores com taxas empiricamente mais altas de produtividade do trabalho (como ciência, tecnologia, engenharia e matemática, ou STEM na sigla em inglês).”
Essa desigualdade pode explicar parcialmente as persistentes diferenças na remuneração de homens e mulheres e contribuições previdenciárias, segundo o relatório “Womenomics in Australia – Some Progress, but More Potential”.
Se a presença de mulheres nos setores STEM aumentar, a economia poderia se expandir outros 10%, disse o Goldman.
Do lado positivo, a diferença de 10 pontos percentuais na participação de gênero na Austrália é significativamente menor que a média de 17 pontos percentuais da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, segundo o banco.
Desde 2009, o número de mulheres na força de trabalho aumentou 3 pontos percentuais, para um recorde de 61,25%, impulsionando o PIB em cerca de 2%, segundo o relatório.
Fonte: UOL