Ir de casa ao trabalho, escolher qual meio de transporte utilizar e evitar se locomover em determinado período do dia são algumas das decisões que as mulheres precisam tomar e que envolvem uma série de riscos, já que elas são o grupo mais vulnerável a sofrer uma violência durante seus deslocamentos. Na próxima quinta-feira, dia 2 de dezembro, às 17h, alguns dados sobre esse cenário serão analisados no webinário (In)Segurança das mulheres nos deslocamentos urbanos, com a arquiteta e urbanista Paula Santoro. A transmissão do evento online será pelos canais do YouTube e do Facebook da Agência Patrícia Galvão.
A convidada será recebida pelas diretoras do Instituto Patrícia Galvão, Jacira Melo e Marisa Sanematsu, que irão apresentar a pesquisa de opinião Percepções sobre segurança das mulheres nos deslocamentos pela cidade, realizada em parceria com o Instituto Locomotiva, apoio da Uber e apoio técnico e institucional da ONU Mulheres.
De acordo com o levantamento, 69% das mulheres já foram alvo de olhares insistentes e cantadas inconvenientes ao se deslocarem pela cidade, 35% já sofreram importunação/assédio sexual e 67% das mulheres negras relataram ter passado por situações de racismo quando estavam a pé. E, ainda, apenas 16% das mulheres e homens que circulam pela cidade utilizando as mais diversas modalidades de transporte sentem-se plenamente seguros (saiba mais).
Conheça a convidada:
Paula Santoro é arquiteta e urbanista. Atua como professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e coordenadora do Laboratório Espaço Público e Direito à Cidade – LabCidade.
Série de webinários
O encontro online é o primeiro da série de webinários que irão debater os dados da pesquisa de opinião “Percepções sobre segurança das mulheres nos deslocamentos pela cidade”, realizada de forma online com 2.017 pessoas (1.194 mulheres e 823 homens), de 18 anos de idade ou mais, entre 30 de julho e 10 de agosto de 2021, que responderam perguntas sobre suas percepções acerca do gênero como fator de vulnerabilidade nos deslocamentos urbanos, quais são os meios e locais mais inseguros para as mulheres, além de questões acerca das consequências da pandemia nos percursos das brasileiras.
Fonte: Agência Patrícia Galvão