A fabricante de cosméticos L’Oreal Brasil anunciou os nomes das sete vencedoras da 11ª edição do prêmio “Para Mulheres na Ciência”, programa voltado a mulheres cientistas realizado em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) no Brasil e com a Academia Brasileira de Ciências (ABC). Veja a lista de vencedoras.
A fabricante de cosméticos L’Oreal Brasil anunciou os nomes das sete vencedoras da 11ª edição do prêmio “Para Mulheres na Ciência”, programa voltado a mulheres cientistas realizado em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) no Brasil e com a Academia Brasileira de Ciências (ABC).
As vencedoras, de diferentes partes do Brasil, produziram pesquisas que oferecem novas soluções a questões vitais da humanidade e se concentram nas áreas de Ciências da Saúde, Química, Física e Matemática.
Os temas das pesquisas vão desde os efeitos das mudanças climáticas nos riscos de extinção até um estudo para desenvolver analgésicos que combatam a causa das dores de cabeça e nas extremidades.
Da região Sul, as vencedoras foram a física Ana Chies Santos, a matemática Adriana Neumann de Oliveira, ambas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), e Gabriela Trevisan, da Universidade Federal de Santa Maria.
As pesquisadoras Claudia Kimie Suemoto e Denise Morais da Fonseca, ambas da Universidade de São Paulo (USP), representam a região Sudeste. O Norte está representado pela bióloga Fernanda de Pinho Werneck, do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia, e o Nordeste pela professora de Química Elisama Vieira Santos, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
“O prêmio tem uma importância social, pois mostra que nós mulheres também estamos contribuindo para o avanço do conhecimento e, assim, talvez mais mulheres se sintam encorajadas a fazer ciência”, disse a matemática Adriana Oliveira.
Cada uma das sete cientistas receberá uma bolsa-auxílio no valor de 50 mil reais para dar prosseguimento às pesquisas. A cerimônia de premiação acontece em 20 de outubro, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.
Conheça as sete pesquisadoras premiadas:
FÍSICA: A pesquisadora Ana Leonor Chies Santos (UFRGS) estuda coleções antigas de estrelas — aglomerados globulares — utilizando dados fornecidos por grandes telescópios, a fim de elucidar grandes questões de formação estelar ao acúmulo de matéria em galáxias, desde a Via Láctea até o Universo distante. “Vencer este prêmio me dá muita energia para continuar a seguir em frente, ajuda a entender que o caminho desta linda carreira que escolhi, embora às vezes sinuoso e incerto, está na direção certa.”, afirma a gaúcha.
MATEMÁTICA: O estudo da gaúcha Adriana Neumann de Oliveira (UFRGS) é sobre o comportamento coletivo das partículas de um sistema físico, no qual partículas movem-se, segundo uma regra probabilística, de um reservatório para outro. “Essa conquista é uma felicidade não só pelo reconhecimento do meu trabalho, mas também pela oportunidade de ampliar a minha pesquisa.”, declara.
CIÊNCIAS DA SAÚDE: O estudo da pesquisadora Gabriela Trevisan (Unesc e UFSM) investiga se uma proteína encontrada no sistema nervoso central poderia desencadear a dor de cabeça e nas extremidades, sintomas dolorosos mais comuns em pacientes com esclerose múltipla. O objetivo é desenvolver analgésicos que combatam essas dores, proporcionando uma melhor qualidade de vida aos pacientes. “O prêmio é um impulso para que eu continue a pesquisar novas formas de tratamento para a dor”.
CIÊNCIAS DA SAÚDE: Denise Morais da Fonseca (USP) procura entender como um único episódio de infecção aguda pode causar alterações específicas no sistema imunológico do intestino, formando uma espécie de “cicatriz” e predispondo o indivíduo ao desenvolvimento de outras doenças, como doença inflamatória intestinal, diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares.
CIÊNCIAS DA VIDA: Formada em Ciências Biológicas e pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA), Fernanda de Pinho Werneck lidera uma pesquisa sobre os efeitos das mudanças climáticas nos riscos de extinção e capacidade adaptativa das espécies da Amazônia e do Cerrado. O objetivo é aumentar o conhecimento sobre a diversidade biológica de áreas ameaçadas resultando em dados relevantes para a conservação.
CIÊNCIAS DA SAÚDE: Cientista da USP, Claudia Kimie Suemoto foi premiada por liderar uma pesquisa que busca compreender melhor os fatores de risco de demência, como a doença de Alzheimer e a demência vascular. Um dos motivos do estudo é que as demências estão entre as principais causas de mortalidade e morbidade no mundo, embora sua cura ainda seja desconhecida.
QUÍMICA: A professora Elisama Vieira Santos, da UFRN, atua em um projeto, em parceria com a Universidad de Castilla La Mancha (Espanha), que teve como objetivo inicial tratar solos contaminados com pesticidas e metais pesados empregando tecnologia eletroquímica. “Este prêmio contribui para a inserção feminina no desenvolvimento da pesquisa em diversas áreas de atuação, sendo um estímulo a continuarmos atuando no cenário científico”, aponta a pesquisadora.
Fonte: Unesco