Esther Dweck afirma que, caso haja excesso de receita, parte será usada para aumento salarial
A ministra da Gestão, Esther Dweck, disse ser possível que os funcionários públicos tenham um reajuste em 2024. No fim de 2023, o governo federal oficializou uma proposta com aumento de 9%, pago em duas parcelas (uma em 2025 e outra em 2026), mas com aumento neste ano dos auxílios alimentação, saúde e creche.
“Se você estiver cumprindo a meta de resultado primário e tiver um excesso de receita, a gente pode ter uma expansão da despesa em até R$ 15 bilhões neste ano”, disse em entrevista ao portal Metrópoles publicada nesta 6ª feira (26.jan-2024). “Já está pactuado com os ministros que compõem a Junta de Execução Orçamentária, que parte disso seria [usada] para um reajuste dos servidores neste ano”, completou.
A ministra disse que, atualmente, “não tem espaço fiscal diante de várias prioridades que o governo tem”. Entre elas, “recuperação do piso da saúde, recuperação do piso da educação, o aumento real do salário mínimo”.
Ela declarou: “Como diz o ministro [Fernando] Haddad [Fazenda], todo mundo tem que ajudar a Receita a ter arrecadação para que a gente possa, de fato, ter um reajuste neste ano”.
Segundo a ministra, os benefícios de funcionários do Executivo “estavam muito defasados em relação aos demais Poderes”. Ela destacou que os auxílios são valores que “entram completamente líquidos para as pessoas” –ou seja, sem que sejam efetuados descontos.
Esther disse que “quase 50% dos servidores” terão “um aumento que é superior à inflação” por causa do reajuste nos benefícios. “Não aumento no salário, mas um aumento na renda, o que eles vão receber dos recursos do governo, que foi a nossa lógica”, afirmou.
Fonte: Poder 360