A Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ) e Hospital Universitário (HU) buscam voluntários que tenham interesse em auxiliar no desenvolvimento do projeto “Infecção vertical pelo vírus Zika e suas repercussões na área materno-infantil”. O projeto, que terá suas atividades concluídas até 2020, tem como objetivo investigar as formas de transmissão do vírus em mães, durante a gestação, e depois o desenvolvimento do bebê nos primeiros três anos de vida.
Na fase inicial do projeto, que foi de março a outubro deste ano, boa parte dos voluntários se dedicou à triagem de gestantes, preenchimento de dados e orientação sobre o projeto. Agora, ao atingir o número de 500 gestantes cadastradas, o foco maior fica por conta de realizar contatos semanais com as futuras mamães a fim de monitorar sua saúde e acompanhar os bebês na medida em que vão nascendo.
A atividade voluntária é realizada no Hospital Universitário, pelo período de quatro horas semanais. Podem ser voluntários: estudantes, profissionais já formados na área de saúde ou em outras áreas, aposentados, donas de casa e todos que tiverem interesse em ajudar. A idade mínima é 18 anos. Antes de iniciar as atividades os candidatos são capacitados e treinados para as atividades. Os interessados devem fazer inscrições pelo telefone (11) 4527-5700 ramal 820. Quem preferir pode acessar o link https://goo.gl/DTG6OS ou site do HU: http://www.hufmj.com.br/.
O projeto
O município de Jundiaí (SP) é um dos 28 pólos de pesquisa sobre o vírus zika no Estado de São Paulo, sendo responsável por investigar as formas de transmissão da doença em gestantes e bebês. Os pesquisadores coletam amostras de sangue, saliva e urina no Hospital Universitário de gestantes de alto risco ou com suspeita de vírus Zika e encaminham para Laboratório de Biologia Molecular da Faculdade de Medicina de Jundiaí, com objetivo de identificar e detalhar o vírus.
As mães realizam ultrassom com frequência com equipamentos de última geração e respondem a questionários semanalmente; bem como no caso dos bebês. Todos estes dados são registrados, para que em 2020 possa se ter informações de quantas mães portadoras do vírus deram a luz a bebês com microcefalia; quantos apresentaram outros sintomas depois do nascimento; com quanto tempo isso ocorreu; qual a relação com os sintomas vividos pela mãe durante a gestação e outros aspectos que irão ajudar pesquisadores em todo o mundo a detalhar o vírus. Há também a intenção de que este trabalho possa auxiliar do ponto de vista psicológico, eliminando a falta de informação que ainda hoje é grande: o medo do estigma e negação com o resultado, comportamentos mais presentes em mulheres participantes da pesquisa, as consequências da doença e outros fatores.
No mundo, é a única pesquisa sobre o zika que acompanha a mãe durante a gestação e depois a vida do bebê, pelo período de três anos. Os projetos existentes estão direcionados ao estudo desse vírus sob outros aspectos, que podem ser somente na gestante ou somente no bebê que nasce com microcefalia, por exemplo.
Fonte: Blog da Sáude