As mulheres são a principal representação do crescimento da força de trabalho no Brasil. Nos últimos 60 anos, a população economicamente ativa (PEA) feminina passou de 2,5 milhões para 40,7 milhões de pessoas – uma elevação extraordinária: crescimento de 16,3 vezes contra um crescimento de 3,6 vezes da PEA masculina. A população feminina também ampliou suas responsabilidades frente ao sustento do lar: de acordo com as estatísticas de gênero, também do IBGE, em 2010, das 50 milhões de famílias que residiam em domicílios particulares, 37,3% tinham a mulher como responsável.
Esses indicadores evidenciam não apenas um crescimento do protagonismo feminino no mundo do trabalho, como também a necessidade de que as instituições públicas formulem políticas públicas que contribuam para a democratização do Estado, para a evolução da própria sociedade, e, conseqüentemente, para a proteção social da mulher. Apesar da forte presença das mulheres no mercado de trabalho, se percebe, ainda hoje, características de uma relação desigual, com destaque para a diferença salarial entre homens e mulheres.
É preciso dar conseqüência ao esforço de criar condições de equidade nas relações de trabalho, e uma das abordagens de maior urgência, hoje, é, sem dúvida, a de gênero. Por isso o PROGRAMA MULHER TRABALHADORAse apresenta como importante instrumento na luta pela eliminação de todas as formas de discriminação no acesso, remuneração, ascensão e permanência no emprego. O programa terá como objetivos centrais:
– Articular e coordenar um conjunto de ações que envolvam defesa de direitos, fiscalização, qualificação profissional e incentivo à geração de renda social para todas as mulheres do país;
– Divulgar informações e estudos sobre o papel da mulher no mundo do Trabalho;
– Reconhecer publicamente o compromisso das organizações com a igualdade entre mulheres e homens no mundo do trabalho;
– Estimular e promover a autonomia da trabalhadora, apoiando a construção de políticas públicas que favoreçam melhor inserção das mulheres no mundo do trabalho;
– Estimular políticas que favoreçam o compartilhamento das tarefas domésticas entre homens e mulheres;
– Promover políticas públicas para a superação das desigualdades no mundo do trabalho.
Clique aqui e acesse a pesquisa Mulheres e trabalho: breve análise do período 2004-2014 do Ministério do Trabalho e Previdência Social e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Fonte: MTPS