Iniciativa faz parte do projeto ‘Banco de Perucas’ em Três Lagoas (MS). Cinco detentas foram selecionadas e fizeram curso de capacitação.
Durante o tempo em que pagam pelo crime cometido, cinco presas do presídio de Três Lagoas, município distante 313 quilômetros da capital de Mato Grosso do Sul, confeccionam perucas para mulheres com câncer. Outras reeducandas da unidade doaram o cabelo para as perucas.
O projeto “Banco de Perucas” começou há seis meses fruto de uma parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e a Rede Feminina de Combate ao Câncer. Não há um levantamento da quantidade de perucas que foram produzidas nesse período. “Como são personalizadas, não tem um número”, informou a assessoria da Agepen ao G1.
Toda a produção é entregue à Rede Feminina, responsável pela distribuição das perucas e fornecimento da matéria-prima. Além da parte social, o trabalho acaba estimulando as internas, que se profissionalizam na área e garantem remição de um dia pena a cada três de serviços prestados.
De acordo com a diretora da unidade penal, Leonice Miranda Rocha Guarini, o projeto é desenvolvido no presídio há cerca de seis meses. O projeto iniciou com uma palestra sobre os trabalhos desenvolvidos pela Rede Feminina de Combate ao Câncer, inclusive com explicações sobre o destino dado às perucas e a importância de doações de cabelos. A ação sensibilizou e incentivou algumas reeducandas a doar os cabelos. As cinco custodiadas receberam curso de capacitação.
Para o diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia, a iniciativa é muito positiva, pois ajuda diretamente a sociedade e, ao mesmo tempo, leva ocupação produtiva, e profissionalizante, às mulheres em situação de prisão.
Serviço
Doações de cabelo podem ser feitas na Rede Feminina de Combate ao Câncer, que tem unidades em várias cidades de Mato Grosso do Sul. Na capital, a Rede Feminina fica dentro do Hospital de Câncer Alfredo Abrão na avenida Ernesto Geisel com a Candido Mariano. Informações pelo telefone (67) 3324-7676.
Fonte:G1