“Vivemos dias de trevas quando o assunto é o direito da mulher no Brasil. Um país que não nos deixa esquecer da ”cultura do estupro”
Na noite do último sábado (29), aconteceu no Espaço Paternon, em Ji-Paraná, Rondônia, a 26ª edição do prêmio “Oscar Mulher Notável”. O prêmio que tem como objetivo homenagear mulheres de destaque no cenário político e empresarial da região norte, é promovido pelo diretor da revista de circulação nacional “Gente em Evidência”, Valdeci Tergon.
O evento que contou com presença numerosa de representantes políticos da região norte do Brasil, assim como do empresariado local, foi regado a muito e bebida e jantar de gala, oferecido por Tergon a seus convidados.
Uma das homenageadas da noite, foi a empresária e pré-candidata a prefeitura de Sena Madureira, no Acre, Charlene Lima (PV). Ela que tem empresas em Rondônia, foi ao evento acompanhada de seu esposo Robson Vidal, e da também homenageada, sua irmã Antônia Lima, agradeceu a lembrança, e se disse honrada em receber um prêmio de grande importância e destaque na região.
“Hoje é uma noite especial, sinto-me honrada pela lembrança, em um prêmio dessa magnitude que já é referência na região Norte do país. Como mulher, empresária, militante política e mãe, é um privilégio receber tal honraria”, afirmou.
No entanto, a empresária acreana, aproveitou para lembrar através de seu perfil no Facebook, que apesar do destaque que o prêmio oferece para mulheres que não aceitaram ser colocadas de lado em suas áreas de atuação, e encabeçam posições de liderança em setores econômicos, políticos e na briga por uma sociedade mais justa na região, o momento da mulher na sociedade brasileira, atravessa um período conturbado e necessita de muita atenção.
“Vivemos dias de trevas quando o assunto é o direito da mulher no Brasil. Um país que não nos deixa esquecer da ”cultura do estupro”, assim como julga preconceituosamente mulheres que se autodenominam “do lar”, tende a machucar, desgastar e até destruir a imagem do gênero feminino, o que acaba nos encaminhando para um limbo de denominação, como mulheres piores ou melhores”, disse.
Charlene ainda ressalta que o apoio familiar, o não calar das vozes, e a incansável luta pelos direitos igualitários entre os gêneros, são de extrema necessidade para que se reverta o quadro de violência, abuso e opressão contra a mulher no Brasil.
“Apesar das adversidades, somo muitas, e unidas somos fortes. Que bom que tenho o apoio do meu filho e do meu esposo, mas é importante lembrar que nem todas as mulheres têm esse privilégio. Portanto é essencial seguir a luta e o trabalho em prol da defesa dos direitos de todas nós mulheres” ressaltou.