O câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil e o vírus HPV é o principal responsável por essa doença. Esse vírus é transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto.
O Inca, Instituto Nacional do Câncer, estima que, somente este ano, surjam no Brasil 15 mil novos casos de câncer do colo do útero. A maioria das infecções por HPV não provocam sintomas. Por isso, o cirurgião oncológico do Inca, Gustavo Iglesias, alerta sobre os cuidados para evitar essa doença: “Isso realça a importância de que todas as mulheres com vida sexual ativa, a partir dos 25 anos de idade, comecem a fazer o rastreio na forma do exame que a gente conhece popularmente como preventivo que é a citologia vaginal; a gente recomenda que se adotem as medidas preventivas, principalmente, o uso do preservativo na relação sexual; e agente agora tem uma nova oportunidade de intervir, no sentido de prevenir o câncer do colo uterino, que é a vacina contra o HPV, busca imunizar as meninas que ainda não começaram sua vida sexual.”
A universitária, Luciana Alcântara, descobriu que estava com o vírus HPV há seis anos. Ela acredita que o exame ginecológico Papanicolau é importante para o diagnóstico da doença e a prevenção do câncer do colo do útero: “Ainda tem muitas mulheres que não dão importância, às vezes, fazem o exame e não voltam pra pegar o resultado. Isso é uma falta mesmo de cuidado com o próprio corpo, com a saúde. Quando a gente vai descobrir um problema mais na frente, não tem mais o que fazer e o exame preventivo, se tiver alguma coisa, dar tempo de resolver. O HPV é uma porta de entrada pra outras doenças como o câncer de colo de útero e é importante que a mulher tenha consciência disso, que não é”.
De acordo com o cirurgião oncológico do Inca, Gustavo Iglesias, o intervalo entre a infecção pelo vírus HPV e o desenvolvimento do câncer do colo do útero pode ser de décadas. Por isso, a importância do exame preventivo ser feito regularmente:”Estamos falando aí, fácil, fácil, de 20 anos. Algumas mulheres têm o risco aumentado para, uma vez contraindo a infecção, desenvolver o câncer que são as mulheres portadoras do HIV e as mulheres que sofreram transplante de órgãos e precisam tomar medicações pra regular o sistema imunológico. Essas mulheres não seguem a recomendação do Ministério da Saúde, elas fazem um rastreio mais frequente e devem buscar o médico responsável pelo seu tratamento pra lhes orientar nesse sentido.”
O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.
Fonte: Ana Cláudia Amorim/ Agência Saúde