O ministro dos Direitos Humanos, Silvio de Almeida, esteve no Rio para o lançamento do projeto de Sinalização e Reconhecimento de Lugares de Memória dos Africanos Escravizados no Brasil, no Museu da História e da Cultura Afro-brasileira (Muhcab), nesta quinta (30/11). Uma tenda foi montada na área aberta do museu para proteger do sol e muita água foi distribuída. Entre as ações do projeto, a sinalização com placas nos locais que marcam a história das pessoas escravizadas, como igrejas, praças, terreiros de candomblé e quilombos, começando pela região conhecida como Pequena África (mais ou menos 15 pontos), encerrando os eventos do Mês da Consciência Negra na cidade. O projeto vai sinalizar mais de 100 lugares no país, em 16 estados e 66 municípios.
Um dos convidados dizia que só se via parte do primeiro escalão do governo Federal no Rio se for para começar algum projeto, e depois eles “sumiriam”, que ministro vem, assina e vai embora. E foi praticamente o que aconteceu. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, também participou — em um ano no cargo, ela já esteve no local umas três vezes —, e o ministro da Educação, Camilo Santana, além de outros representantes do governo e parceiros.
A anfitriã foi a secretária municipal de Cultura em exercício, Mariana Ribas, com a diretora do Muhcab, Sinara Rúbia, naquele clima institucional, só quebrado no encontro entre Anielle e Sinara, que foram colegas de turma no curso de mestrado em Relações Étnico-Raciais do Cefet-RJ.
No dia anterior, a Câmara dos Deputados aprovou lei que declara o dia 20 de novembro como feriado nacional para a celebração do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, por 286 votos a favor e 121 contrários; apenas dois partidos orientaram suas bancadas a votar contra, o Novo e o PL.