Setenta e seis organizações e 49 pessoas repudiaram a exoneração da equipe técnica vinculada à Coordenação de Saúde das Mulheres, do Ministério da Saúde, após a publicação de uma nota recomendando a continuidade dos serviços de saúde sexual e saúde reprodutiva no contexto da epidemia de Covid-19. A demissão ocorreu na última sexta-feira, 05/06, após o presidente Jair Bolsonaro manifestar-se contra a nota em suas redes sociais, chamando-a de “portaria apócrifa sobre aborto que circulou hoje pela internet”.
As organizações, no entanto, destacam que a Nota Técnica n° 16/2020 “está em acordo com determinação da Organização Mundial de Saúde (OMS), segundo a qual unidades que oferecem serviços de saúde sexual e saúde reprodutiva são consideradas essenciais, e seus serviços não devem sofrer descontinuidade durante a pandemia da Covid-19”.
Entre as recomendações do documento estão a difusão de informações sobre os métodos contraceptivos e como acessá-los; o monitoramento dos estoques de métodos contraceptivos evitando desabastecimento; a dispensação da chamada pílula do dia seguinte; e a oferta de inserção do DIU de cobre nas maternidades como ação durante o período pós-parto e pós-aborto imediatos. O texto também aconselhava a continuidade dos serviços de assistência aos casos de violência sexual e aborto legal, e o fortalecimento das ações de planejamento sexual e reprodutivo.
Confira na íntegra a nota de repúdio: https://wp.me/pashlZ-2MJ
Link do formulário para assinar a nota de repúdio: https://bit.ly/3cR1EgK