Mulheres e jovens apresentam níveis mais altos de estresse e de ansiedade na crise do novo coronavírus, segundo resultados preliminares de um estudo feito pela Universidade de Nottingham e pelo King´s College, ambos do Reino Unido.
“O fato de as mulheres terem níveis mais altos de estresse pode ter relação com os ‘malabarismos’ para conciliar a educação dos filhos com o trabalho, além de ter outras pressões, demandas e preocupações”, afirmou a professora de psicologia da saúde da Universidade de Nottingham, Kavita Vedhara, que está à frente da pesquisa, ao “HuffPost UK”. “Elas também são mais propensas a serem demitidas.”
O teste foi feito com 3.100 pessoas. Os cientistas examinaram amostras de fios de seus cabelos, que contêm o hormônio do estresse, o cortisol. Foi feita uma comparação entre as amostras nas primeiras semanas da quarentena e 12 semanas depois para saber se os níveis de estresse aumentaram ou se foram mantidos, o que indicaria uma adaptação à crise.
Outro dado importante do estudo é que os níveis de ansiedade entre trabalhadores ligados a serviços essenciais, incluindo profissionais da saúde, eram praticamente os mesmos das pessoas que estão confinadas em suas casas.
“Esse resultado pode sugerir que, mesmo se você estiver em um trabalho estressante na linha de frente, se pode sair para trabalhar e sente que está fazendo algo positivo, talvez isso seja o contrário do que aqueles que não estão trabalhando ou se sentem isolados em casa estão experimentando”, afirma Kavita.
Fonte: UOL