Eles ganhavam R$ 2.334,46, enquanto elas R$ 1.855,37, em média.
Análise mostrou diferença de 25,8% na remuneração entre sexos.
As mulheres receberam, em média, o equivalente a 79,5% dos salários dos homens em 2013, na comparação com 2012, segundo o Cadastro Central de Empresas (Cempre). O estudo foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira (16).
Os homens receberam R$ 2.334,46, enquanto as mulheres R$ 1.855,37, o que representa uma diferença de 25,8%, apontou a análise das empresas e outras organizações do Cempre.
Os salários médios mensais apresentaram aumento real de 3,7%, sendo que as mulheres tiveram aumento real de 3,5%, enquanto os homens, 3,9%.
Pessoal ocupado assalariado
Em 2013, analisando o pessoal ocupado assalariado, o estudo mostrou que 57% eram homens e 43% eram mulheres. Houve aumento de 3,6% em funcionários que recebem salário, em relação ao ano anterior. O aumento do número de mulheres foi maior do que o dos homens: 4,2% contra 3,1%.
“Constatou-se, então, que a proporção de homens decresceu 0,3 ponto percentual, enquanto houve aumento na participação das mulheres no pessoal ocupado assalariado [de 2012 para 2013]”, analisou o IBGE.
Enquanto os homens contribuíram com 49,4% do total de assalariados, ou 814,5 mil pessoas, as mulheres concorreram com 50,6%, 833,2 mil pessoas.
A participação feminina era maior, em 2013, na administração pública e nas entidades sem fins lucrativos. No entanto, nas entidades empresariais, a maior participação observada era formada por homens.
Escolaridade
Já em relação à escolaridade verificou-se que 81,5% não possuía nível superior, contra 18,5% que possuía essa formação. A análise apontou que o pessoal ocupado assalariado com nível superior recebeu, em média, R$ 4.726,21. Já os funcionários sem nível superior, R$ 1.525,36. Os valores representam, de acordo com o IBGE, uma diferença de 209,8%.
O estudo mostrou ainda que os salários médios do pessoal ocupado sem nível superior tiveram aumento de 3,3% no ano. Já os salários do pessoal com nível superior cresceram 1,6%.
Vagas geradas
A divulgação mostrou ainda que, do total 9,5 milhões de novos vínculos empregatícios gerados entre 2008 e 2013, 46,8% ocorreram em três setores: comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, 22,3%; em atividades administrativas e serviços complementares, 12,5%; e 12% em construção.
Ao analisar o crescimento do salário médio mensal, o IBGE informou que, das 20 seções avaliadas, 11 apresentaram aumentos reais acima da média do período, com destaque para indústrias extrativas, com 56,1%; saúde humana e serviços sociais, 31,8%; e construção, 26,4%.
Mercado de trabalho
As empresas e outras organizações com mais de 250 pessoas foram as que se destacaram nas variáveis analisadas na pesquisa. Elas detinham 47% do total do pessoal ocupado em 2013, 54,1% do pessoal ocupado assalariado e 69% de salários e outras remunerações.
“A análise das empresas e outras organizações do Cempre, segundo natureza jurídica, evidencia a importância das entidades empresariais em todas as variáveis analisadas”, ressaltou o IBGE.
Elas representavam, no ano de 2013, 89,9% desse conjunto, 76,1% do pessoal ocupado total, 73,2% do pessoal ocupado assalariado e 64,3% dos salários e remunerações.
Os salários mensais mais elevados foram pagos pelas empresas e outras organizações com 250 funcionários ou mais, de R$ 2.750,11. Os menores valores foram identificados nas empresas com até 9 empregados, de R$ 1.120,25. “Em termos salariais, os valores apresentaram relação direta com o porte”.
Administração pública
De 2008 a 2013, o pessoal ocupado assalariado recuou de 22,6% para 20,2% na administração pública. A participação da administração pública no número de empresas se manteve em 0,4% no período.
No entanto, em cinco anos, a participação das entidades empresariais aumentou 0,8 ponto percentual no total de empresas e organizações ativas, atingindo 89,9% em 2013. Apesar de predominarem, são elas quem pagam os menores salários médios mensais, R$ 1.889,29.
Os órgãos públicos detêm os melhores pagamentos, com R$ 2.987,09, em média, seguidos das entidades sem fins lucrativos, R$ 2.016,42.
Por regiões
A região Sudeste destacou-se, concentrando 3 milhões (51,3%) das unidades locais do país, com 28,1 milhões de pessoas ocupadas, 50,8%, 24,2 milhões das pessoas assalariadas, 50,5%, e R$ 727,5 bilhões, 54,9% dos salários e outras remunerações. A região Norte foi a que apresentou as menores participações.
Em 2013, o salário médio mensal foi de 3,1 salários mínimos. As Unidades da Federação com os maiores salário médios foram o Distrito Federal, com 5,5 salários mínimos, Rio de Janeiro, 3,7 salários, São Paulo e Amapá, 3,6 salários.
5,4 milhões de empresas
O Cadastro Central de Empresas continha 5,4 milhões de empresas e outras organizações formais ativas em 2013, segundo o IBGE. Estas ocupavam, em 31 de dezembro, 55,2 milhões de pessoas, sendo 47,9 milhões assalariado e 7,3 milhões na condição de sócio ou proprietário. Os salários e outras remunerações pagos somavam R$ 1,3 trilhão.
Fonte/foto: G1