As mulheres dedicam quase o dobro do tempo que os homens às tarefas do lar, mesmo considerando as pessoas que também trabalham fora de casa. Essa é uma das constatações da pesquisa “Pnad Contínua 2017: Outras formas de trabalho”, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) nesta quarta-feira (18).
No ano passado, as mulheres dedicaram 20,9 horas por semana a tarefas domésticas e cuidados com pessoas (crianças ou idosos, por exemplo). Por sua vez, os homens gastaram 10,8 horas semanais com as mesmas atividades. Considerando ambos, a média nacional foi de 16,5 horas gastas com afazeres do lar.
Do total de 168,7 milhões de pessoas com 14 anos de idade ou mais no país, 142,4 milhões realizaram afazeres domésticos em sua própria casa ou na casa de parentes em 2017. Isso corresponde a 84,4% da população, de acordo com a pesquisa. Entre as mulheres, a porcentagem sobe para 91,7%. No caso dos homens, a taxa foi menor: 76,4%.
Trabalhar fora não garante ‘alívio’ em casa
As mulheres que trabalham fora, classificadas na pesquisa como “ocupadas”, dedicam mais tempo às tarefas do lar do que os homens que não trabalham fora (sem ocupação, segundo o IBGE).
- Tempo dedicado a atividades domésticas:
- Mulheres não ocupadas: 23,2 horas por semana
- Mulheres ocupadas: 18,1 horas por semana
- Homens não ocupados: 12 horas por semana
- Homens ocupados: 10,3 horas por semana.
Metodologia
- As atividades consideradas pelo IBGE como afazeres domésticos são:
- preparar ou servir alimentos, arrumar a mesa ou lavar louça;
- cuidar da limpeza ou manutenção de roupas e sapatos;
- fazer pequenos reparos ou manutenção do domicílio, do automóvel, de eletrodomésticos ou outros equipamentos
- limpar ou arrumar o domicílio, a garagem, o quintal ou o jardim;
- cuidar da organização do domicílio (pagar contas, contratar serviços, orientar empregados etc.);
- fazer compras ou pesquisar preços de bens para o domicílio;
- cuidar dos animais domésticos;
- e outras tarefas domésticas.
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Fonte: UOL Economia