Durante evento realizado nesta terça-feira (29), em Foz do Iguaçu (PR), a ministra das Mulheres, Márcia Lopes, reforçou a importância da atuação das gestões municipais no enfrentamento à violência contra as mulheres. A fala ocorreu na abertura do 1º Fórum dos Conselhos Municipais dos Direitos das Mulheres do Paraná.
“Se cada município tiver compromisso com a mudança desses indicadores, com suas equipes da saúde, da educação, da cultura, da assistência social, do trabalho, falando disso, nós haveremos de mudar essa realidade”, afirmou a ministra.
O evento reuniu representantes de conselhos, poder público e sociedade civil com o objetivo de fortalecer políticas públicas voltadas à igualdade de gênero no estado.
Participação social e conferências
Ainda nesta terça-feira, a ministra participou da abertura da V Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres do Paraná, que segue até quinta-feira (31). O evento está sendo transmitido ao vivo pelo canal da Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa do Paraná no YouTube.
As conferências estaduais, realizadas até o final de agosto em todo o país, consolidam propostas construídas nas etapas municipais e regionais, além de eleger delegadas que representarão os estados na etapa nacional, prevista para ocorrer de 29 de setembro a 1º de outubro, em Brasília.
Segundo Márcia Lopes, esses espaços são fundamentais para garantir a construção coletiva de políticas públicas e a aproximação entre Estado e sociedade civil.
“O relatório pode ser apresentado na Assembleia Legislativa para que os deputados e deputadas também assumam esse compromisso. O conselho estadual tem a responsabilidade de monitorar essas deliberações e priorizar os serviços públicos mais urgentes”, destacou.
Avanço na rede de proteção: Casa da Mulher Brasileira
No mesmo dia, a ministra visitou as obras da Casa da Mulher Brasileira em Foz do Iguaçu. A unidade está sendo construída por meio de uma parceria entre o Ministério das Mulheres e a Itaipu Binacional, com investimento de R$ 9,5 milhões.
O diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, ressaltou o compromisso da estatal com ações socioambientais. “Infelizmente, a violência contra as mulheres é uma pauta que se impõe. Foz do Iguaçu tem sido cenário de casos graves de feminicídio e violência doméstica”, declarou.
Além da unidade em Foz, estão previstas outras duas inaugurações no Paraná ainda em 2025: uma em Francisco Beltrão e outra em Guarapuava. Curitiba já conta com uma unidade em funcionamento, que realizou mais de 132 mil atendimentos ao longo de nove anos.
Expansão e impacto
A Casa da Mulher Brasileira integra o programa Mulher, Viver sem Violência, retomado pelo Governo Federal em março de 2023. Atualmente, existem 11 unidades em funcionamento no país e outras 31 estão em fase de obras ou implementação.
Desde 2023, mais de R$ 389 milhões foram investidos na criação de novas unidades. Em 2024, os serviços existentes já registraram mais de 440 mil atendimentos.
“O atendimento nessas unidades é integrado e garante acolhimento completo: com apoio social, Defensoria, Ministério Público, Instituto Médico-Legal, Patrulha Maria da Penha e outros serviços essenciais. As mulheres precisam saber que, ao procurar esse espaço, serão acolhidas, orientadas e protegidas”, concluiu a ministra Márcia Lopes.
Fonte: Agência Brasil