Primeiro-ministro britânico anunciou cerca de R$ 500 milhões para o Fundo Amazônia. Ministra do Meio Ambiente foi diagnosticada com Covid-19 e está internada em hospital de SP.
A ministra Marina Silva (Meio-Ambiente) pretende usar na proteção indígena e no combate ao desmatamento os R$ 500 milhões que o Reino Unido doará para o Fundo Amazônia, apurou a TV Globo.
Ela está internada no Instituto do Coração (InCor), em São Paulo, com Covid-19, desde a manhã deste sábado (6), e se recupera bem: está sem febre, apesar de tosse e muitas dores no corpo.
Marina sinalizou que o dinheiro irá para a demarcação de terras indígenas, para as garantias de segurança alimentar dos povos indígenas e, ainda, para ações de desintrusão e combate ao garimpo e desmatamento ilegais. Neste sábado, uma mulher foi encontrada morta na Terra Yanomami; foi o 14º assassinato em uma semana.
A doação ao Fundo Amazônia foi anunciada na sexta (5) pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, em Londres, em reunião com o presidente Lula (PT).
O Fundo Amazônia foi criado há 15 anos com o objetivo de captar recursos para o financiamento de ações de redução de emissões provenientes da degradação florestal e do desmatamento.
Lula disse neste sábado que o rei Charles III citou a preservação da Amazônia na breve conversa que tiveram durante as festividades de coroação do monarca. “A primeira coisa que o rei [Charles III] disse pra mim foi para eu cuidar da Amazônia. E eu falei: ‘Eu preciso de ajuda, não é só a nossa vontade. É preciso ajuda e muitos recursos'”, declarou Lula.
Internação
Marina está de repouso absoluto sob recomendação dos médicos e isolada, para evitar contágio de outras pessoas. Por meio do Twitter, a política afirmou que está com sintomas sob controle.
“A todas e todos que tiveram contato comigo nos últimos dias, em especial nos casos de aparecerem sintomas, recomenda-se realizar teste Covid-19”, pediu Marina Silva.
O InCor informou que trata-se de infecção respiratória por coronavírus, com quadro pulmonar simples e sem pneumonia viral. O estado de saúde é estável.
Em boletim médico, o InCor afirmou que “a paciente permanece em observação” aos cuidados de um médico cardiologista, uma infectologista e um pneumologista.