Um estudo publicado na revista Circulation Research mostrou que o HPV pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, especialmente em mulheres com obesidade.
Durante o trabalho, os pesquisadores analisaram dados de mais 60 mil mulheres coreanas, entre 2011 a 2016, que tinham o papilomavírus e não apresentavam doenças cardiovasculares.
Eles também levaram em consideração o índice de massa corporal, relação peso, estatura, tabagismo, uso de álcool, exercício nível de escolaridade e histórico de doença cardiovascular.
Após análise, a equipe verificou que as voluntárias tiveram 22% mais chances de desenvolver doenças cardiovasculares do que mulheres não infectadas.
Eles também observaram que a probabilidade de doença cardiovascular aumentou ainda mais quando o HPV de alto risco ocorreu em conjunto com a obesidade ou a síndrome metabólica. Segundo cientistas, mulheres com obesidade tinham quase 2/3 mais chances de doenças do coração.
Outro fator também chamou a atenção dos pesquisadores: mulheres que disseram que praticar atividade física regularmente também eram mais propensas a ter HPV de alto risco.
“Mais estudos são necessários para identificar genótipos específicos de HPV de alto risco que possam contribuir para doenças cardiovasculares e para examinar se as estratégias de vacinação para reduzir a infecção por HPV de alto risco para a prevenção do câncer também podem ajudar a reduzir as doenças cardiovasculares”, Seungho Ryu, concluiu um dos autores do estudo.
O que é HPV?
O HPV é a sigla de papiloma vírus humano. Existem mais de 200 subtipos, porém, somente 40 subtipos são de alto risco e estão relacionados a doenças graves, como verrugas e câncer.
Como se pega?
É possível contrai-lo por meio do contato entre pele. A contaminação pode ocorrer durante sexo vaginal, anal, oral e até masturbação, já que que a pele da mão entra em contato com a região genital.
Tem sintomas?
Ele é assintomático e, ao contrário de outras doenças, não provoca febre, calafrio, dor de cabeça ou outra manifestação no corpo.
Como é feito o tratamento?
O médico acompanha o paciente para identificar se ele conseguirá eliminar o vírus por conta própria. Se isso não ocorre e surgem verrugas, o ideal é cauteriza-las. Já as lesões precursoras do câncer necessitam de tratamentos específicos, como cirurgia no colo do útero.
Fonte: dados publicados da matéria publicada em 28/11/2017.
Fonte: UOL