Pesquisa revela que 8,17% das mulheres que consomem crack tem aids.
O efeito do crack na mulher é mais devastador que no corpo do homem, por conta dos hormônios femininos. Este é o tema da segunda reportagem exibida nesta quarta-feira (8) pelo Jornal daEPTV, da afiliada da TV Globo, na série especial “Mulheres da Pedra”.
Um estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) apontou que no estado as mulheres usam em média 21 pedras de crack por dia e os homens, 13. E a dependência entre as mulheres é de 74%, enquanto o índice de homens é de 29%.
O hormônio feminino estrogênio, potencializa o efeito da substância no cérebro, como se a droga fosse mais prazerosa para a mulher. Segundo a psiquiátra Débora Ribas D’Ávila, quanto mais curto o efeito da droga, maior o número de vezes que a pessoa vai usar ao longo do dia e mais grave a dependência.
“A sensação é de muito medo, medo, medo. É uma droga que se você não usar ela, você não consegue sair do lugar”, conta a usuária Heloisa Alessandra Marques, de 29 anos. Ela pede
Prostuituição
No centro de Campinas, um terreno baldio e um viaduto viraram pontos de prostituição e consumo de crack. Uma dependente que está internada para tratar a doença afirma, “eu fui escrava dele [crack], comecei a me prostituir, a roubar”.
Uma pesquisa feita pela Fundação Oswaldo Cruz aponta que o índice de mulheres que consomem crack e tem Aids é de 8,17%, o dobro do número de homens, que é de 4,01%.
Segundo a psicóloga Laura Fracasso, a mulher usuária não pensa na exposição, “ela está pensando em ter a pedra para poder usar, então aquilo [se prostituir] é fácil e rápido, porque ela precisa só usar o corpo dela”, afirma.
Fonte: G1