Ministra ressaltou que a aprovação recente na Câmara da reforma tributária foi uma vitória da boa política
Em entrevista ao “Conexão Globo News” nesta quarta-feira, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, celebrou o relacionamento “propositivo” entre o governo federal e o Congresso Nacional, o que, segundo ela, tem rendido frutos para a melhora do cenário do Brasil. Ela chegou a dizer que há um “perfume de paz no ar”.
Ao comentar a visita que fez na terça-feira ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), junto com ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Tebet disse que saiu mais convicta de que há um ambiente favorável para a aprovação das medidas mais importantes para o Brasil renovar o seu ciclo de crescimento.
“Saímos do Senado muito otimistas. Primeiro porque vi no Rodrigo [Pacheco] um presidente relaxado e satisfeito com o cenário macroeconômico, com as perspectivas. Saímos de lá convictos de que a política está ocupando o lugar da barbárie, do negacionismo e dos embates que só fizeram com que o Brasil andasse para trás nos últimos anos”, declarou Tebet, dizendo que pretende repetir à visita na Câmara do Deputados quando o presidente da Casa, Arthur Lira, voltar de férias.
Tebet ressaltou que a aprovação recente na Câmara da reforma tributária, à qual tem chamado de “bala de prata” para a economia, foi uma vitória do povo brasileiro e da boa política. “Mostra que nos momentos em que a política senta sem radicalismos, na base da conversa, visando os interesses nacionais acima dos interesses partidários, a política consegue focar no mais importante, que é a população brasileira. Fazer o Brasil voltar a crescer”, afirmou.
No fim da entrevista, mesmo após lamentar a tramitação de uma PEC na Câmara dos Deputados que pretende anistiar dívidas de partidos que não cumpriram as cotas à mulheres nas eleições, a ministra disse que há um perfume de paz no ar, buscando manter a boa relação com o Poder Legislativo apesar da sua “indignação” com essa movimentação específica.
“A política está passando por um momento tão bonito. Eu que sofri muito por apoiar o presidente Lula logo de cara no segundo turno por vir de Estados mais conservadores, hoje posso falar que há um perfume de paz no ar. Não podemos viver um retrocesso como esse [de anistiar os partidos que não cumpriram as cotas de candidatas femininas nas eleições].