Publicada em 2014, a pesquisa Nascer no Brasil realizou um panorama nacional da atenção ao parto e ao nascimento no país, apontando uma série de desafios para a mudança de modelo na atenção obstétrica e neonatal. Neste sentido, com o objetivo de qualificar os processos de atenção, gestão e formação no que diz respeito ao parto e ao nascimento, o Ministério da Saúde lançou, em agosto, o Programa Aprimoramento e Inovação no Cuidado e Ensino em Obstetrícia e Neonatologia (Ápice On).
A iniciativa, coordenada em parceria com o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), propõe um modelo baseado em evidências científicas, nos princípios da humanização e na garantia de direitos. “Não tenho dúvidas que esse projeto vai produzir um impacto em toda a rede de serviços, na medida em que vai permitir o aprimoramento dos processos de trabalho e de formação profissional”, ressalta a coordenadora de saúde da mulher do Ministério da Saúde, Esther Vilela, em matéria publicada no Portal da Saúde. Outros eixos prioritários no projeto são: ações de qualificação nas áreas da saúde sexual e reprodutiva, além da atenção humanizada às mulheres em situação de violência sexual e abortamento.
Executado pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o projeto integra 95 instituições, entre hospitais universitários e de ensino, no âmbito da Rede Cegonha. “O IFF, enquanto Instituto Nacional, já vem atuando como órgão auxiliar do Ministério da Saúde na coordenação da Rede Cegonha e na qualificação de quadros estratégicos para o Sistema Único de Saúde. Nessa perspectiva, de continuidade da atuação nacional do IFF, estamos integrando a coordenação do Ápice On e tivemos, no evento de lançamento, a participação do pesquisador e médico da Área de Atenção à Gestante do nosso Instituto, Marcos Dias, discutindo o tema Desafios na Atenção Obstétrica: Integralidade do Cuidado e Integração Ensino-serviço”, ressalta Maria Gomes, coordenadora de Desenvolvimento Institucional do Instituto.
A participação do IFF é especialmente estratégica em função do Portal de Boas Práticas que será lançado em breve. “Com a perspectiva do papel nacional do IFF, lançaremos mão das tecnologias virtuais para possibilitar a disseminação do conhecimento e a melhoria da prática clínica. Assim sendo, através do Portal, os Grupos Executivos Locais (GEL) dos hospitais participantes do Ápice On poderão ter acesso a diversos conteúdos que contribuirão para o desenvolvimento dos objetivos do projeto”, adianta Maria. A ferramenta tem previsão de lançamento no final de setembro.
Fonte: Aline Câmera (IFF/Fiocruz) com colaboração da Agência Saúde.
Fonte: Blog da Saúde