Ministra disse que a convocação ‘se tornou um convite’ e que vai comparecer; episódio provocou polêmica por causa do comportamento de assessoras da pasta, que debocharam da CBF e da torcida são-paulina
A Comissão de Esporte do Senado Federal aprovou nesta quarta-feira, 8, a convocação da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, para depor no colegiado sobre o “protocolo de intenções para o combate ao racismo e promoção da igualdade racial”, assinado com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no dia 24 de setembro deste ano.
Procurada pelo Estadão, a ministra confirmou que vai comparecer à sessão para prestar esclarecimentos e disse que a “convocação se transformou em convite”.
O pedido foi apresentado pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ), que disse, na justificativa, que “faz-se de suma importância conhecer as ações concretas que o Ministério da Igualdade Racial está planejando para concretização desse objetivo (combate ao racismo no esporte)”.
Como mostrou o Estadão, o ministério gerido por Anielle gastou mais de metade da verba em viagens. A pasta empenhou (reservou para gastar) R$ 6,1 milhões dos R$ 12,5 milhões a que tem direito apenas para essa finalidade.
No dia 28 de setembro, a ministra da Igualdade Racial pediu escolta e proteção policial, por causa de intimidações que começou a sofrer por causa do episódio. Além de xingamentos, Anielle foi alvo de ameaças de morte, que diziam que ela teria o mesmo destino da sua irmã, a vereadora Marielle Franco, vítima de uma execução violenta no dia 14 de março de 2018.