A sexualidade ainda é um tabu nas conversas entre pais e filhos. Por consequência, a gravidez na adolescência continua sendo tema de debates e divide opiniões. Enquanto muitos culpam e responsabilizam somente os adolescentes pelo fato de terem gerado uma criança, especialistas afirmam que as condições sociais e culturais de jovens envolvidos podem atuar diretamente na possibilidade de uma gravidez antes do período adulto.
Para aprofundar o debate, o Tema Livre desta quarta-feira (15) convidou o diretor do Hospital Estadual da Mãe, Sérgio Teixeira, a pediatra e membro do comitê de adolescência da Sociedade de Pediatria do Rio de Janeiro, Viviane Castelo Branco, e também a pedagoga Elizabete Serra.
“Como um todo, a porcentagem de gestantes adolescentes no Rio de Janeiro vem diminuindo gradativamente. Era de 19% a 20% a taxa de gestantes adolescentes nos anos 2000 e hoje em dia está em 16%, mas quando você vai para comunidades populares ou com altos índices de violência ou, por exemplo, em Santa Cruz, que às vezes sequer tem áreas violentas, mas onde as possibildades de desenvolvimento pessoal, de acesso a uma escola de segunda grau, de acesso a escola profissionalizante, são difíceis, então a gravidez é parte do projeto de vida. Às vezes não é um susto, é uma gravidez desejada e planejada”, ressaltou Viviane Castelo Branco.
Fonte: EBC