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No primeiro semestre deste ano, quase 600 mulheres morreram vítimas de feminicídio em todo o Brasil. Mais de 100 destas mulheres foram mortas no Ceará. Apesar disso, vítimas de violência doméstica do estado podem procurar serviços que ajudam a garantir mais segurança.
O monitor de feminicídios no Brasil mostra que entre janeiro e junho deste ano 599 mulheres foram assassinadas. Já em solo cearense, esse tipo de crime cresceu 53% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Para combater os crimes, a Secretaria de Segurança Pública do Ceará criou uma forma de pedir medidas protetivas sem precisar sair de casa.
“É simples, não precisa do registro formalizado no boletim de ocorrência. Basta um relato que nos relate uma situação de violência”, explicou a delegada Janaína Braga.
Para combater a violência contra a mulher é fundamental punir os assassinos e agressores. Para isso, as vítimas precisam dar o primeiro passo e romper uma rotina de sofrimento em silêncio. A orientação para elas é procurar a Casa da Mulher Brasileira, ou então a delegacia mais próxima, para fazer a denúncia. No momento em que a denúncia é feita, é fundamental ter coragem e apoio. Não só para chegar até a delegacia, mas para continuar com a vida longe do agressor.
E para quem consegue ter a coragem necessária para romper o ciclo de violência e denunciar, a ajuda vem: de acordo com Aline Vitória, subinspetora da Guarda Municipal de Fortaleza, em seis meses, os guardas municipais já treinados para atender às mulheres receberam 98 denúncias.
“Aí essa mulher, de posse da medida protetiva, ela precisa ter uma confiança de que essa medida ela vai de fato funcionar. E aí é onde entra uma outra frente desse trabalho, que é de acompanhar essa mulher”, explicou.