Manifestação será na Rodoviária do Plano Piloto, a partir das 17 horas
Por: Rafaela Ferreira
A campanha Levante Feminista Contra o Feminicídio do Distrito Federal e Entorno vai realizar, nesta quarta-feira (12), um ato com panfletagem pelo fim da violência contra as mulheres. Com a mensagem “Amar é um ato de coragem, matar é um ato de covarde”, a manifestação será na Rodoviária do Plano Piloto a partir das 17 horas.
A manifestação tem como mote não esperar que mais uma mulher seja morta para que seja reivindicada políticas de prevenção ao feminicídio. Segundo a ativista do Levante Feminista, Rita Andrade, é importante falar sobre antes que ocorra mais um crime de violência de gênero.
A concentração será na plataforma superior da Rodoviária. “Estamos indo ao encontro de uma população de massa. Sabemos que na rodoviária circulam pessoas de todo o Distrito Federal e a ideia é levar essa fala do Levante nesse dia que se comemora o amor, mas também passar para mulheres essa informação dessa rede de apoio”, disse Rita.
A militante conta que a escolha da data – Dia dos Namorados – foi simbólica, uma vez que “nem todos os namorados são aqueles que a gente espera que sejam”. “Achamos que é um dia que também celebra o amor, e a gente quer celebrar isso em um lugar: de um amor não-violento, respeitoso, que não machuca e que não mata as mulheres”, disse.
Na ocasião, também será realizada uma panfletagem. No material, será divulgada uma rede de apoio do Distrito Federal para que as mulheres em situação de violência possam ter os contatos das Delegacias Especiais de Atendimento a Mulher (Deam), Casa da Mulher Brasileira e do Ministério Público, informou a ativista.
Levante Feminista Contra o Feminicídio
O Levante Feminista é uma campanha nacional, de 2021, formada por movimentos sociais e partidos políticos. Atualmente, o projeto atua em 24 estados e no Distrito Federal, tendo como pauta principal o combate a violência contra as mulheres, o feminicídio, lesbocídio e o transfeminicídio.
“Nós nascemos, em 2021, quando a gente viu que o número de feminicídio estava crescendo, violentamente, no Brasil. Achávamos que a onda ia passar, mas aí a gente viu que o número de violências foi se tornando cada vez mais crescentes. A gente permanece com a campanha permanece com as ações as opções por todo o Brasil sempre trazendo o foco para essa questão da necessidade de políticas públicas de prevenção à violência, feminicídio e políticas públicas que sejam emergenciais de médio e longo prazo”
A ativista ainda destaca que o Levante Contra o Feminicídio não acredita apenas em políticas que sejam punitivistas. “Nós acreditamos que é fundamental achar uma política de médio e longo prazo voltadas para educação dos nossos meninos e meninas sabe para que, de fato, haja uma mudança nessa estrutura patriarcal, machista e misógino.”
Fonte: Brasil de Fato