Ideia é mapear cenário e propor políticas para superar machismo e entraves à atuação feminina
A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) coloca em campo a partir desta terça-feira (21) uma pesquisa para definir o perfil das juízas do Brasil. Magistradas de todo o país vão responder a questionário para mapear quem elas são, como trabalham e quais dificuldades enfrentam no dia a dia dos tribunais.
De acordo com os dados mais recentes do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), de 2018, as mulheres representavam apenas 38,8% dos magistrados em atividade. Considerando-se apenas os tribunais superiores, o percentual cai para 19,6%.
“Nós vamos ouvir as juízas de primeiro e de segundo graus –estaduais, federais, do trabalho e militares– e ministras das cortes superiores para criar ações afirmativas, inclusivas, contra a discriminação e o preconceito, e que apoiem o desenvolvimento pessoal e profissional das mulheres”, declarou Renata Gil, presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), cujo Centro de Pesquisas Judiciais (CPJ) é responsável pelo estudo.
“É fundamental o engajamento de todas as juízas, ativas ou aposentadas, para que possamos superar os entraves que, infelizmente, ainda hoje, mantêm as mulheres afastadas das principais esferas de decisão”, complementou a magistrada.
O levantamento conta com o apoio acadêmico da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) e será realizado por meio de questionário online.
As magistradas terão até 25 de julho para responder e os resultados devem ser divulgados em outubro.
Fonte: Folha São Paulo