A ferramenta é capaz de alertar a polícia, a Justiça e amigos quando uma mulher for ameaçada por um ex-companheiro
A partir de fevereiro, um aplicativo para celular será testado em Porto Alegre para buscar coibir a violência doméstica. Segundo dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a cada 90 minutos uma mulher é morta no Brasil por agressões de parceiros ou ex.
A ferramenta foi desenvolvida em parceria com as ONGs Themis e Geledés, e é capaz de alertar a polícia, a Justiça e uma rede de contatos quando uma mulher se sentir ameaçada por um ex-companheiro que desobedecer ordens da Justiça e resolver se aproximar dela. O app irá notificar o juiz responsável pelo caso e a informação será anexada ao processo automaticamente. A mulher também poderá enviar fotos e vídeos que comprovem a aproximação ou agressão, que servirão como prova.
A polícia receberá a localização da vítima por GPS, e imagens e sons serão gravados quatro segundos depois que os agentes forem avisados. Juízes do Rio Grande do Sul irão escolher as mulheres que participarão dos testes com o aplicativo. Batizado de PLP 2.0, o nome faz referência ao programa Promotoras Legais Populares (PLP), que existe há mais de duas décadas com o objetivo de empoderar mulheres contra a violência psicológica ou física nas suas comunidades.
Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública do RS, apenas na capital Porto Alegre, 17.985 mulheres foram agredidas de 2012 a 2015. Em todo o estado todo, no mesmo período, 164.236 mulheres foram atacadas. Desses casos, 274 resultaram em morte. Depois do Rio Grande do Sul, os estados de Santa Catarina e Rio de Janeiro deverão ser os próximos a adotar a iniciativa, vencedora do Desafio Social Google 2014.
Fonte: Diário de Permanbuco