A ONU Mulheres, a instituição de ensino Insper, a consultoria PWC e o Movimento Mulher 360 promoveram evento em São Paulo em junho para tratar do tema da igualdade de gênero no setor corporativo, abordando algumas das causas e consequências da ausência de diversidade dentro das empresas.
O evento “O inconsciente nas tomadas de decisão” teve como objetivo discutir os chamados “vieses inconscientes”, associações automáticas que resultam em suposições, julgamentos e atitudes em relação a outras pessoas.
A ONU Mulheres, a instituição de ensino Insper, a consultoria PWC e o Movimento Mulher 360 promoveram evento em São Paulo em junho para tratar do tema da igualdade de gênero no setor corporativo, abordando algumas das causas e consequências da ausência de diversidade dentro das empresas.
O evento “O inconsciente nas tomadas de decisão” teve como objetivo discutir os chamados “vieses inconscientes”, associações automáticas que resultam em suposições, julgamentos e atitudes em relação a outras pessoas.
“Normalmente, temos a impressão de que as pessoas ocupam determinados espaços na sociedade, incluindo nas empresas e instituições, por mérito. Mas o que é esse mérito? O que há por trás dessa noção de mérito?”, questionou a gerente de programas da ONU Mulheres, Ana Querino, durante os debates.
Para a coordenadora do Movimento Mulher 360, Margareth Goldenberg, é de extrema importância trabalhar esse assunto nas empresas. “Acreditamos que seja fundamental que essa discussão aconteça nesses locais, para que todos possam entender o que são os vieses inconscientes, ajudar a neutralizá-los e avançar”.
Na opinião da professora associada do Insper, Regina Madalozzo, o treinamento pode ser uma importante ferramenta para mudar essa realidade no dia a dia. “Treinamentos são importantes, mas conseguir pontuar um comportamento enviesado na hora certa e do jeito certo também tem a sua importância”, destacou.
Engajar os gestores no entendimento de que as decisões corporativas não são tão racionais como se acredita é um começo para as transformações, na opinião da assessora da ONU Mulheres Adriana Carvalho. “Esse é o tipo de modelo que precisamos para caminhar mais rápido nos próximos 15 anos. Se quisermos realmente um planeta 50/50 em 2030, precisamos colaborar”, enfatizou.
Os palestrantes também abordaram no evento os “Princípios de Empoderamento das Mulheres”, iniciativa lançada pela ONU Mulheres e pelo Pacto Global da ONU em 2010 com o objetivo de promover a equidade de gênero nas empresas, no ambiente de trabalho e na comunidade.
Entre os princípios da iniciativa está estabelecer uma liderança corporativa de alto nível para a igualdade de gênero; tratar todos os homens e mulheres de forma justa no trabalho — respeitar e apoiar os direitos humanos e a não discriminação.
Outros pontos incluem assegurar saúde, segurança e bem estar a todos os trabalhadores e trabalhadoras; promover educação, formação e desenvolvimento profissional das mulheres e implementar na cadeia produtiva práticas de empoderamento das mulheres. A iniciativa engloba também a promoção da igualdade por meio de ações comunitárias e de defesa, assim como medir e publicar relatórios dos progressos para alcançar a igualdade de gênero.
Fonte: Onu