Diretora Regional da ONU Mulheres para Américas e Caribe, Luiza Carvalho e Gabi conversam sobre a campanha “Eles Por Elas”
Exibição: domingo (12/7), das 23h às 0h; segunda (13/7), das 16h às 17h; terça (14/7), das 2h às 3h; quinta (15/7), das 0h às 1h; e sexta (17/7), das 6h às 7h no canal GNT
O tema do programa Marília Gabriela Entrevista, do canal GNT, deste domingo (12/7), às 23h, é a igualdade de gênero, ou seja, o desafio da emancipação das mulheres num mundo ainda dominado pelos homens. Para sabermos mais sobre um assunto tão complexo, Gabi recebe em seu estúdio a diretora regional da ONU Mulheres para Américas e Caribe: Luiza Carvalho. Ela veio ao Brasil, no final de junho, para fazer o lançamento da campanha #ElesPorElas no Brasil, uma parceria com o canal GNT. O intuito do movimento é mobilizar o público os homens a favor do empoderamento das mulheres e fazer com que o tema – igualdade de direitos entre homens e mulheres – seja mais discutido no país.
A meta é atingir 100 mil assinaturas de adesão masculina . Sobre a importância dessa participação dos homens na causa, ela explica: “Eles não só têm que ter a convicção que precisam de uma plataforma maior para quebrar o silêncio, dar maior visibilidade para as suas ações, mas também que nós precisamos de acordos internacionais muito nítidos e fortes para modificar situações inconcebíveis no século 21. É necessário que tenhamos o movimento solidário dos homens para avançar e quebrar outras barreiras”.
Ao ser perguntada por Gabi da onde vem o interesse tão grande por esse assunto, Luiza conta: “A base de tudo é de fato uma preocupação com as desigualdades e de encontrar caminhos para explicar melhor e poder apoiar um processo de transformação”.
Em relação aos problemas dessa desigualdade no Brasil, ela diz que o mais agudo é a violência, resultando hoje em cinco mil feminicídios e cinquenta mil estupros por ano. “Educação é tudo. A escola tem que retomar os seus planos de desenvolvimento, tem que trazer a educação sexual que não se limita a ensinar como evitar uma gravidez. É quebrar os estereótipos de gênero, ensinar como isso deve ser rompido. É preciso desconstruir a forma como nos ensinaram a pensar”, diz.
Além disso, a desigualdade também passa por uma grave questão econômica que é a diferença salarial. Ela conta que a mulher ganha 30% menos que os homens tendo o mesmo emprego e a mesma formação profissional.
Fonte/Foto: Onu Mulheres