A riqueza dos 80 mais ricos deste mundo é a mesma, se juntada, das 3,5 milhões de pessoas mais pobres. Se isto não for a maior vergonha, não sei o que é. Palavra de quem? Do relator da ONU sobre Pobreza Extrema e Direitos Humanos, Organização das Nações Unidas, Philip Alston. Vamos nessa?
O relator da ONU, que diz isto ser motivo de vergonha esta imensa desigualdade entre os mais ricos e os mais pobres, alerta ainda que a desigualdade social só tem aumentado, dramaticamente, nas últimas décadas.
Ele lembra que a desigualdade aumenta não só entre ricos e pobres mas, principalmente, entre os mais ricos e os mais pobres. Tem mais coisa grave acontecendo neste nosso mundo. O relator da ONU garante que 40%, ou quase a metade dos mais prejudicados na distribuição de renda, são justamente os que mais se distanciaram, para pior.
No relato sobre desigualdade sociais da ONU existe ainda a constatação que isto acontece não é só por causa da renda, do dinheiro, da falta de salário. Lendo do jeito como está escrito. “A preocupação não é apenas com a desigualdade da renda, mas com uma “série de desigualdades extremas em relação à riqueza como acesso à educação, à saúde, à habitação e outras.” Com isso, só para completar o relato, os direitos civis, políticos e humanos são prejudicados por essa “extrema desigualdade”.
Enfim, ele pede que o Conselho dos Direitos Humanos da ONU, diante dessa “enorme desigualdade social”, tome uma série de medidas, de fato, mas sejam mais do que, segundo ele, “belas palavras”.
Só fechando a prosa, com mais dados negativos, no relato da ONU: Ainda sobrevivem, na extrema pobreza, neste mundo, mais de um bilhão de pessoas, ou seja, mil milhões. Pior ainda para as mulheres e crianças que são mais atingidas pela falta de oportunidades econômicas, num meio de “degradação ambiental”. Mais ainda: existem hoje, no mundo, segundo a ONU, 73 milhões de jovens desempregados, três vezes mais do que os adultos.
Fonte/Foto: EBC