No mês de março, quando celebramos o Dia Internacional da Mulher, torna-se ainda mais relevante refletirmos sobre os desafios que as mulheres enfrentam em espaços de poder.
A despedida da ex-ministra da Saúde, Nísia Trindade, ocorreu sob a sombra de uma campanha sistemática e misógina, que buscou deslegitimar seu trabalho e sua idoneidade enquanto gestora pública.
A própria ex-ministra denunciou os ataques machistas sofridos ao longo de seus 25 meses no cargo, ressaltando que tais práticas não podem ser normalizadas na política.
Durante a cerimônia de transição no dia 10 de março, Nísia destacou a importância de combater a misoginia e valorizou o trabalho realizado à frente do Ministério da Saúde.
Sua fala evidenciou como as mulheres, mesmo em posições de liderança, ainda enfrentam desafios estruturais impostos pelo machismo.
Sua trajetória, marcada pela excelência acadêmica e pela gestão comprometida com a saúde pública, não pode ser reduzida a ataques misóginos que buscam minar a presença feminina em cargos estratégicos.
A posse de Gleisi Hoffmann como ministra da Secretaria de Relações Institucionais reforça o compromisso do governo com a ampliação da participação feminina e a construção de um ambiente político mais respeitoso e inclusivo.
A transição no Ministério da Saúde também ocorre em um momento crucial para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente diante dos desafios deixados pela pandemia de Covid-19.
O novo ministro, Alexandre Padilha, reconheceu o legado de Nísia Trindade e assumiu o compromisso de continuar a agenda de fortalecimento da saúde pública no Brasil.
A proximidade entre a data da posse e o Dia Internacional da Mulher torna ainda mais emblemático o alerta de Nísia Trindade.
A luta contra a misoginia na política precisa ser uma pauta permanente, e episódios como esse demonstram a necessidade de fortalecer políticas públicas de equidade de gênero.
A trajetória de Nísia, assim como a chegada de novas lideranças femininas ao governo, simboliza avanços, mas também nos lembra da urgência de seguir combatendo a desigualdade e garantindo um ambiente político mais igualitário e respeitoso para todas as mulheres.
ASMETRO-SI com informações divulgadas na internet 11/3/2025