As mulheres não precisam se identificar ao relatar os casos
Por meio da Procuradoria Especial da Mulher, a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), está realizando uma pesquisa sobre violência obstétrica. Objetivo é ouvir as mulheres que moram no Distrito Federal para colher dados de incidência deste tipo de casos.
As interessadas em contribuir devem responder seis perguntas. Além disso, poderão relatar suas experiências, não é necessária a identificação das vítimas.
A procuradora da Mulher, deputada Júlia Lucy (União Brasil) acredita que com os resultados será possível traçar diretrizes para combater esse tipo de violência e assegurar a segurança e a dignidade de mães e crianças.
“Iniciamos agora uma nova pesquisa para obter dados atualizados da violência obstétrica no Distrito Federal. O intuito é fomentar as campanhas de conscientização e de combate a essa violência e estabelecer protocolos de fiscalização em hospitais e maternidades”.
Há dois anos, uma pesquisa mostrou que a maioria das mulheres sofreu algum tipo de violência durante o parto. Entre os relatos, 25% dos casos era de violência psicológica, outros 25% relataram atendimentos com grosseria ou impaciência dos médicos. Além dos casos, 17%, de mulheres que foram submetidas a Manobra de Kristeller, técnica banida pela OMS devido ao alto risco para a mãe e para o bebê.