O presidente Lula (PT) anunciou nesta segunda (20) a retomada do programa Mais Médicos. Segundo o Ministério da Saúde, serão abertas 15 mil vagas neste ano e haverá investimento de R$ 712 milhões.
Quais são as novidades
- Médicos que trabalhem em municípios mais vulneráveis receberão bônus de até 20% após dois anos.
- Profissionais que são beneficários do Fies terão bônus de até 80% após dois anos.
- Médicos da família que são beneficiários do Fies terão oferta especial de vagas. Eles poderão usar a bolsa para pagar financiamento estudantil. E terão pontuação extra em seleções para residência.
- Médicas grávidas ganharão bolsa para complementar valor do auxílio do INSS num prazo de até seis meses.
- Médicos que serão pais passam a ter direto a licença-paternidade de 20 dias com bolsa.
- Profissionais do programa poderão fazer mestrado em até quatro anos além de especialização.
Criado no governo de Dilma Rousseff (PT), o Mais Médicos foi alvo de críticas por parte de adversários e perdeu força na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Bolsonaro e aliados se queixavam do fato de o programa trazer profissionais de Cuba para cuidar da saúde no Brasil.
Como era no governo Bolsonaro
- Bolsonaro anunciou que o programa “Mais Médicos” seria substituído pelo “Médicos pelo Brasil”.
- A prioridade eram locais com poucos médicos no Norte e Nordeste.
- O programa ficava sob a responsabilidade apenas do Ministério da Saúde. Hoje, o Ministério da Educação também participa da gestão.
O que dizem as autoridades
“Nesse momento, o foco está em garantir a presença de médicos brasileiros no Mais Médicos, um incentivo aos profissionais do nosso país. Se não houver quantitativo, teremos a opção de médicos brasileiros formados no exterior. E, se ainda assim não tivermos os profissionais, optaremos por médicos estrangeiros. O nosso objetivo não é saber a nacionalidade do médico, mas a nacionalidade do paciente, que é um brasileiro que precisa de saúde.
Presidente Lula, em discurso na retomada do programa.