A discussão sobre o assédio sexual vem ganhando cada vez mais espaço e pesquisas começam a constatar os efeitos físicos sofridos em longo prazo pelas vítimas.
Um estudo publicado nesta quarta-feira (3), no JAMA Internal Medicine, avaliou a saúde física e psicológica de 304 mulheres não fumantes, entre 40 e 60 anos, que haviam inicialmente se inscrito para uma pesquisa sobre menopausa. Entre elas, 19% disse ter sido assediada sexualmente no trabalho e 22% agredidas fisicamente por um homem.
O estudo descobriu que as mulheres que sofreram assédio sexual estão duas vezes mais propensas a ter pressão alta do que as mulheres que não foram vítimas. Já as mulheres que sofreram agressão possuem três vezes mais chance de sofrer de depressão e duas vezes mais chances de sofrer surtos de ansiedade.
A agressão sexual e o assédio também tiveram um efeito negativo na qualidade do sono. As sobreviventes de ambos os grupos tiveram duas vezes mais chances de ter problemas para dormir, o que, como os autores do estudo observaram, pode causar mais efeitos negativos à saúde.