Estudo feito pelo Instituto Trata Brasil mostra que os impactos da falta de saneamento na vida das mulheres brasileiras estão aumentando.
Um estudo do Instituto Trata Brasil constatou que o número de brasileiras que vivem em áreas sem coleta de esgoto subiu quase 54% entre 2016 e 2019 e o de mulheres que moram em casas sem banheiro cresceu 56%. O Jornal Hoje mostrou os detalhes da pesquisa.
O levantamento focou na população feminina para mostrar que a desigualdade de gênero está presente em todos os aspectos da vida da mulher.
Uma em cada quatro mulheres brasileiras tem pouco ou nenhum acesso a água tratada em casa. O impacto mais imediato é para a saúde, mas está longe de ser o único.
Como têm mais chances de adoecer, são mulheres que por exemplo, podem faltar mais ao trabalho ou à escola, comprometendo a qualidade de vida e o próprio desenvolvimento pessoal.
O estudo também mostrou que a falta de saneamento e a pobreza são barreiras para a higiene adequada. Mulheres sem acesso a água tratada comprometem uma parcela maior do orçamento para comprar produtos de higiene pessoal. O impacto é 36% maior em relação às mulheres com mais renda.
Isso agrava um problema já crônico nas comunidades: a chamada pobreza menstrual, que é a dificuldade de acesso a itens básicos, como os absorventes.
Fonte: G1