Para a ministra do Planejamento, governo tem, ainda, outras duas vantagens para fazer avançar suas propostas: primeiro, está no início do mandato e, segundo, a oposição é reformista
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, avalia que abertura de Comissões de Inquérito Parlamentar (CPIs) no Congresso pouco atrapalha no andamento das pautas prioritárias do governo federal. Ao todo, já foram autorizadas três CPIs na Câmara – fraudde nas Americanas, MST e apostas esportivas – e uma CPMI para apurar o 8 de Janeiro.
Para defender sua posição, Tebet diz que a atual gestão teria três vantagens. A primeira delas é o pouco interesse da população em CPIs. A segunda, é o fato do governo estar apenas começando sua gestão. Por fim, a oposição no Congresso quer fazer reformas econômicas, o que, de modo pragmático, facilitaria o andamento das propostas.
“Estas CPIs estão distantes da realidade do povo brasileiro. Não vão ter esse protagonismo, essa vitrine, e com isso paralisar o Congresso, como foi na pandemia. Todo mundo estava dentro de casa, desesperado atrás de vacina. Não tinha outra coisa, a não ser ficar assistindo à CPI”, avaliou a ministra em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo publicada nesta terça-feira 2.