Indicação de Maria Luiza Ribeiro Viotti avança em Comissão e agora segue para o plenário do Senado
Foi aprovada nesta quinta-feira (11), com 18 votos favoráveis e nenhum contrário, pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado, a indicação do nome da mineira Maria Luiza Ribeiro Viotti para a embaixada brasileira nos Estados Unidos. Com a decisão, a diplomata deve se tornar a primeira mulher a desempenhar a função.
A relatora da Comissão, senadora Mara Gabrilli (PSD), pontuou que a trajetória de Maria Luiza representa a abertura de um “espaço gigante para as mulheres exercerem cargos de alta envergadura”.
Maria Luiza, de 69 anos, é natural de Belo Horizonte e graduada em Ciências Econômicas pela Associação de Ensino Unificado de Brasília, instituição pela qual também concluiu os cursos de Aperfeiçoamento de Diplomatas e Altos Estudos. Além disso, é mestre em economia pela Universidade de Brasília.
Ao longo da carreira, desempenhou uma série de funções no Ministério de Relações Exteriores, como o de diretora do Departamento de Direitos Humanos e Temas Sociais (2004 a 2006) e o de diretora do Departamento de Organismos Internacionais (2006 e 2007).
Fora do país, esteve em cargos como o de conselheira na embaixada do Brasil em La Paz, embaixadora-representante permanente na Organização das Nações Unidas (2007 a 2013), embaixadora do Brasil em Berlim (2013 a 2016) e chefe do gabinete do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres (2017 a 2022).
Além de Maria Luiza, foram aprovados pela CRE os nomes indicados pelo governo Lula para as embaixadas de outros sete países. Todas eles devem ser votados no plenário do Senado na semana que vem.
Importância da relação com os EUA
Os laços diplomáticos entre as nações brasileira e norte-americana estão entre as principais pautas das relações exteriores no país. Por isso, Maria Luiza afirmou que pretende criar o grupo parlamentar Brasil-Estados Unidos, que será, segundo ela, importantíssimo para fortalecer os vínculos entre os dois países.
A economista também enfatizou que a agenda bilateral não deve se resumir às questões econômicas e comerciais, mas a discussões que abrangem planos como políticos, ambientais e a defesa dos direitos humanos.