Ministra do Meio Ambiente foi convocada para audiência na Câmara para explicar ações do governo no combate a queimadas no Pantanal; veja vídeo
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, rebateu um pedido de desculpas do deputado Maurício do Vôlei (PL-MG) que a chamou de “marionete do governo”, em uma audiência na Câmara realizada nesta terça-feira, 21. Maurício disse que era um admirador de Marina, mas que, agora, vê ela faz “o que o governo quer”.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, rebateu um pedido de desculpas do deputado Maurício do Vôlei (PL-MG), que a chamou de "marionete do governo" em uma audiência na Câmara dos Deputados. Maurício disse que a ministra "faz o que o governo quer", gerando protestos de… pic.twitter.com/D1B0upksz0
— Política Estadão (@EstadaoPolitica) November 22, 2023
“Eu achava que a senhora realmente defendia o meio ambiente, que a senhora lutava pela nossa fauna e pela nossa flora, até eu perceber como as coisas funcionam. E não é assim, hoje, a gente vê que a senhora é quase uma marionete do governo. A senhora faz o que o governo quer, não só a senhora, todos os ministros”, disse o deputado aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Após protestos de deputados governistas, Maurício pediu desculpas para a ministra. “Se a senhora se ofendeu com a minha palavra de ‘marionete’, eu quis dizer que não só a senhora, mas todos os ministros são manipulados pelo governo. Me desculpo.” Marina rebateu e disse que aceitava o pedido em nome de todos os integrantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Pelo que eu entendi, o deputado está querendo se desculpar, não é isso deputado? Por ter me chamado de marionete. Então, Vossa Excelência agora está pedindo desculpa a todos os ministros? Obrigada. Em nome deles, eu agradeço”, respondeu Marina, arrancando risadas de deputados governistas.
Marina disse que queimadas no Pantanal são fruto do orçamento deixado por Bolsonaro
A ministra do Meio Ambiente foi convocada para a audiência desta terça-feira para apresentar as medidas tomadas pela pasta na área ambiental. Ela foi questionada a respeito das recentes queimadas no Pantanal, onde os incêndios, fora de controle, ameaçam refúgios de onças-pintadas. A resposta do governo à crise tem sido criticada pelas falhas de planejamento de prevenção e pela estrutura precária no combate ao fogo.
Na última sexta-feira, 17, o Estadão mostrou que o Ibama tem, em média, só um brigadista para cuidar de cada área equivalente a cerca de 13 mil campos de futebol em todo o País, considerando todos os biomas.
Marina afirmou aos deputados que o orçamento deixado pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para combater incêndios é insuficiente para atender à explosão de queimadas na região. A ministra também disse que o bioma tem áreas de difícil acesso e que o governo reforçou a presença de brigadas no local.