Em seu discurso perante um auditório de jovens mulheres no Centro Metropolitano de Design, nesta quarta-feira (23), na Argentina, a primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, emocionou a todos ao falar sobre a importância das mulheres derrubarem os preconceitos sexistas – que as colocam em segundo plano – e a conquistarem seus lugares no mundo.
“Precisamos de mais líderes mulheres nas empresas e que criem suas próprias empresas. Líderes mulheres nos laboratórios fazendo novas descobertas que derrubem o mito de que a ciência e a matemática são coisas de homem”.
“A educação foi tudo para mim. Graças aos estudos, tive oportunidades que meus pais nunca tiveram”, disse. Michelle contou que na sua adolescência “sonhava com ir à melhor universidade e ser advogada, ter um trabalho importante e ser líder na comunidade”.
“Quando comecei a estudar, teve gente que não acreditava na minha capacidade. Dizia que eu não ia conseguir alcançar meus sonhos. Tive até professores que achavam que eu não era inteligente o suficiente e apoiavam apenas os meninos da sala. Sentia que por ser garota, minha voz tinha menos importância do que a minha aparência, do que meu corpo”, contou ela, que é graduada em Direito pela Universidade Harvard.
“Conforme fui ficando mais velha, encontrei homens que, na rua, só julgavam o meu corpo, como se eu fosse um objeto, uma propriedade – em vez de um ser humano com sentimentos”.
Ela admitiu que muitas vezes se questionou, se sentia triste diante a tanta pressão, mas que sabia que não podia fraquejar.
“Decide, então, não ouvir as vozes que me menosprezavam. Decidi ouvir minha própria voz e as dos que acreditavam em mim”.
Michelle terminou seu discurso encorajando as meninas da platéia:
“Desejo o mesmo para vocês. Insisto para que tenham a melhor educação que puderem. Não deixem que as subestimem”.
A conversa faz parte do programa “Let the Girls Learn” (“Deixem as meninas aprenderem”), lançado por Washington há um ano.
A primeira-dama também lançou recentemente uma mobilização para reunir assinaturas no mundo todo em apoio à educação de meninas que têm esse direito negado.
Com o nome de #62MillionGirls (#62MilhõesdeGarotas, em inglês), a campanha tem o objetivo de apoiar as 62 milhões de meninas pelo mundo que estão fora das escolas, sendo metade delas adolescentes.
Fonte: Brasil Post