Após a escritora Clara Averbuck ter acusado motorista do Uber de estupro, aumenta a procura por apps de transporte exclusivo para mulheres
Desde a última segunda-feira (28/08), quando a escritora Clara Averbuck publicou post em sua página no Facebook denunciando ter sido estuprada por motorista do Uber, os aplicativos de transporte dedicados exclusivamente a atender mulheres tiveram alta de uso, mostrando que o público feminino está tirando proveito da tecnologia digital para buscar mais conforto e segurança.
Um deles, o app FemiTaxi, informa ter registrado um salto de 144% no número de chamadas na capital paulista e nas demais cidades em que atua, desde a última segunda-feira. Em comunicado enviado à mídia, Helena Rodrigues, diretora de relacionamento do FemiTaxi, diz que a cobertura da mídia em relação aos assédios sofridos por diversas mulheres influenciou o aumento da procura orgânica pelo app.
“O ideal seria que os apps exclusivos para mulheres não precisassem existir, que as mulheres pudessem solicitar um carro de madrugada sem medo, mas a realidade é outra e as usuárias buscam, cada vez mais, serem conduzidas por outra mulher. Tanto as passageiras como as motoristas sentem mais segurança”, diz Helena.
Na denúncia na rede social, Clara Averbuck lançou duas hashtags – #MeuMotoristaAbusador e #MeuMotoristaAssediador – que ganharam corpo na rede acompanhando comentários, críticas e novos relatos de histórias pessoais de mulheres envolvendo assédio em aplicativos de transporte.
O FemiTaxi foi lançado em dezembro de 2016. Ele é um aplicativo que conecta as taxistas mulheres à clientela feminina, com funcionalidade adicional de transporte de crianças desacompanhadas, e está disponível para iOS e Android. Segundo seus fundadores, o app tem mais de 25 mil usuárias e 800 motoristas nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Campinas, Santos e Goiânia. A ideia é expandir o aplicativo para as principais capitais do país ao longo de 2017. Mais informações: http://www.femitaxi.com.br/.
Fonte: Idgnow