O Fundo de População das Nações Unidas, Unfpa, afirmou que as parteiras podem ser a diferença entre a vida e a morte para cerca de 300 mil mulheres por ano. Em relação às crianças o número por ser 10 vezes maior.
A agência afirma ainda que, além dos cuidados com as mulheres durante e após o parto, as parteiras fornecem ampla assistência. Entre elas, estão a promoção dos direitos de mulheres e meninas, cuidado em emergências humanitárias, treinamento e aconselhamento em planejamento familiar e saúde reprodutiva.
Mortalidade
No entanto, de acordo com o Ufpa, há grande escassez de parteiras em todo o mundo. A agência, junto com uma rede de 30 parceiros, trabalha em escala global, regional e nacional para aumentar esses serviços.
Durante o Dia Internacional da Parteira, celebrado em 5 de maio, o diretor-executivo do Unfpa afirmou que a mortalidade materna caiu em cerca de 50%, de estimativas de 523 mil em 1990 para 289 mil na última contagem.
Babatunde Osotimehin declarou que este avanço é bem-vindo mas, não é suficiente. Segundo ele, cerca de 800 mulheres continuam morrerendo todos os dias por complicações na gravidez e no parto.
Treinamento
O chefe do Unfpa afirmou que é preciso fazer mais, começando com treinamento e mais parteiras.
Segundo a agência, evidências mostram que parteiras que são treinadas e regulamentadas em padrões internacionais podem fornecer 87% do cuidado essencial necessário por mulheres e seus recém-nascidos.
O Fundo pede mais investimentos para aumentar o número de parteiras e aprimorar a qualidade e o alcance de seus serviços. Para o chefe do Unfpa, “forte compromisso político e investimentos em parteiras são necessários para salvar milhões de vidas todos os anos”.
Escola
Babatunde Osotimehin afirmou que a agência vai continuar apoiando a profissão de parteira, saúde reprodutiva e sexual e direitos reprodutivos para todas as mulheres.
O Unfpa financia mais de 250 escolas específicas com livros, equipamentos e professores e ajudou a treinar mais de 15 mil parteiras em todo o mundo.
A agência apoia a profissão de parteira em mais de 70 países. Em 2014, o Fundo ajudou a lançar programas de bacharelado na área no Afeganistão, em Burquina Fasso, na Somália e em Zâmbia.
Fonte: EBC