Pesquisadores da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, descobriram que altos níveis de estresse estão associados a menores chances de gravidez para mulheres. O estudo foi publicado no periódicoAmerican Journal of Epidemiology.
Os pesquisadores mediram o estresse usando a versão de 10 itens da escala de estresse percebida (EEP), que é projetada para avaliar quão imprevisível, incontrolável e avassaladora a pessoa encontra suas circunstâncias de vida.
Os itens se referiam ao mês anterior, com cinco opções de resposta variando de 0 (nunca) a 4 (com muita frequência), até chegar ao 40, com uma pontuação total maior indicando um nível mais alto de estresse.
Ambos os parceiros concluíram o teste no início do estudo e as mulheres também o completaram em cada acompanhamento bimensal da pesquisa.
Ao analisar os dados do estudo, os cientistas descobriram que mulheres com pontuações de pelo menos 25 tinham 13% menos probabilidade de engravidar do que mulheres com pontuação abaixo de 10.
Essa associação foi mais forte entre mulheres que tentaram engravidar por não mais do que dois ciclos menstruais ado que mulheres que estavam tentando por três ou mais ciclos antes de se matricular. A associação também foi mais forte entre as mulheres com menos de 35 anos.
“Embora este estudo não prove definitivamente que o estresse causa infertilidade, ele fornece evidências que apoiam a integração do cuidado em saúde mental nas orientações e cuidados preconceitos”, diz Amelia Wesselink, uma das autoras do estudo.
Os pesquisadores descobriram que, se a ligação entre altos níveis de estresse e menores chances de concepção é uma associação causal, uma pequena proporção dessa associação poderia ser devida à diminuição da frequência da relação sexual e ao aumento da irregularidade do ciclo menstrual.
Fonte: Uol