Em evento do PT, primeira-dama e Cida Gonçalves disseram que a política limita a entrada de candidatas em cargos públicos
A primeira-dama, Janta da Silva, e a ministra Cida Gonçalves (Mulheres) defenderam a revisão da Lei das Eleições (lei nº 9.504/1997) que estabelece cotas de gênero nos pleitos. Segundo elas, a política não promove a equidade entre homens e mulheres em cargos políticos.
“A gente fala das cotas para mulheres. Precisamos superar esse discurso das cotas. A gente precisa lutar por cadeiras e equidade. 50% e 50%. As cotas já não bastam para a gente”, disse Janja. A fala foi durante a Conferência Eleitoral do PT para 2024 em Brasília.
A legislação determina que cada partido ou coligação deve preencher o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo, nas eleições para Câmara dos Deputados, Câmara Legislativa do Distrito Federal, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais. A política é um incentivo a candidaturas femininas.
“Nós não vamos aceitar mais esse negócio de cota. A gente tem que perguntar quem elege quem. A maioria dos eleitores e da população é mulher. As regras precisam ser nossas”, disse Cida Gonçalves.
ELEIÇÕES 2024
O encontro deste sábado (8.dez) reúne pré-candidatos do PT às eleições municipais no próximo ano. Janja participou do painel em defesa das candidatas mulheres, ao lado da ministra Cida Gonçalves (Mulheres) e da deputada Benedita da Silva (PT-RJ).
Assista (1min39s):
Em sua fala, a primeira-dama disse que Santa Catarina é um Estado “crítico” por ter muitos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Isso assusta muito as mulheres. O que eu vou lá fazer no interior de Santa Catarina, que é um Estado crítico, onde o bolsonarismo é maioria. Não se pode negar isso. O que eu vou fazer em uma câmara repleta de homens? Eu sei o quanto isso pode ser difícil e aterrorizar algumas mulheres”, disse.