O Governo do Distrito Federal (GDF) deu mais um passo importante na luta contra a violência de gênero. Nesta segunda-feira (14), foi publicado no Diário Oficial o 2º Chamamento Público de 2025 para selecionar uma Organização da Sociedade Civil (OSC) — sem fins lucrativos — que ficará responsável pela gestão dos Centros de Referência da Mulher Brasileira no DF.
A iniciativa, coordenada pela Secretaria da Mulher (SMDF), busca garantir que esses espaços ofereçam atendimento especializado, humanizado e gratuito a mulheres em situação de violência. Os Centros, inaugurados em 2025, estão localizados em regiões administrativas como Recanto das Emas, São Sebastião, Sol Nascente e Sobradinho II.
Cada unidade contará com uma equipe multidisciplinar — formada por psicólogos, assistentes sociais e advogados — preparada para acolher, orientar e apoiar mulheres vítimas de violência. Em média, são cerca de 20 profissionais por centro.
Para a vice-governadora Celina Leão, a consolidação dos Centros de Referência da Mulher é um marco para as políticas públicas do DF. “Esses espaços são estratégicos para oferecer respostas eficazes, com equipes capacitadas e metodologias humanizadas para atender cada mulher em sua singularidade”, destaca.
Além do atendimento direto às vítimas, os Centros também poderão oferecer cursos, ações de capacitação profissional e projetos voltados à autonomia econômica das mulheres. O serviço é aberto a todas, não apenas moradoras das regiões onde os Centros funcionam.
A secretária da Mulher, Giselle Ferreira, reforça a importância da parceria com a sociedade civil. “As OSCs fortalecem a rede de proteção, sem substituir o Estado. Essa parceria garante mais qualidade, agilidade e cuidado para quem mais precisa. É um trabalho conjunto que salva vidas”, afirma.
Política pública intersetorial
A nova fase faz parte do compromisso do GDF com o Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios e com outras ações em parceria com o Ministério das Mulheres. O objetivo é consolidar uma política pública integrada, eficiente e baseada no cuidado.
A gestão compartilhada com organizações da sociedade civil é uma prática que vem se consolidando em diferentes estados brasileiros, trazendo resultados positivos: melhora o uso dos recursos públicos, amplia o alcance dos serviços especializados e fortalece a participação social na construção de políticas mais justas para todas.
Fonte: Agência Brasília