Entre janeiro e julho deste ano, 50 mulheres em situação de risco foram atendidas pelo programa de auxílio-moradia em Campinas. A maioria são mães com filhos pequenos, que estão recomeçando a vida longe do agressor, segundo a Prefeitura.
O benefício faz parte do BEM (Benefícios Eventuais Municipais) e oferece apoio financeiro por até seis meses para mulheres vítimas de violência doméstica que não têm condições de arcar com aluguel.
Como solicitar
O programa é destinado a mulheres acompanhadas por serviços de proteção social especial, como o CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), ou por abrigos municipais e outros serviços de acolhimento.
Para requerer o benefício, é necessário:
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Boletim de ocorrência;
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Comprovação de vulnerabilidade social;
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Encaminhamento pela rede socioassistencial.
O atendimento é feito exclusivamente pelos serviços da rede de proteção da cidade, incluindo: CREAS, Centro Dia da Pessoa Idosa e serviços para pessoas com deficiência. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo 156.
Documentos exigidos
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Documento de identificação com foto e CPF;
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Comprovante de endereço;
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Cópia do boletim de ocorrência.
O valor do auxílio é calculado com base em 195 UFICs, equivalente atualmente a R$ 951,70 por mês, pago exclusivamente para o aluguel do imóvel.
Histórico do programa
Desde sua criação, em julho de 2023, 144 mulheres já foram beneficiadas. No primeiro semestre de 2023, 19 mulheres receberam o auxílio; em 2024, foram 75 atendidas; e só neste ano, até julho, 50 mulheres foram beneficiadas, com expectativa de ultrapassar 90 até dezembro.
O investimento social no programa soma R$ 943,9 mil. Do total atendido:
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63,3% têm filhos pequenos ou adolescentes;
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25,7% têm filhos adultos;
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11% não têm filhos.
A distribuição por região mostra maior concentração no Sul (30,9%), seguida pelo Sudoeste (23,5%), Norte (19,1%), Leste (14,7%) e Noroeste (11,8%).
Segundo Vandecleya Moro, secretária municipal de Desenvolvimento e Assistência Social, “o auxílio-moradia é, muitas vezes, o primeiro passo para garantir proteção e dignidade a mulheres que precisam sair de casa com urgência. É uma resposta rápida para uma situação de risco e um incentivo real à reconstrução da autonomia”.
Fonte: A Cidade ON