‘População precisa estar alerta ao problema, que é preocupante’, diz conselheiro tutelar.
De janeiro ao início de maio, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) registrou 44 casos de estupro de vulnerável, ou seja, as vítimas têm de 0 a 14 anos incompletos. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (17), véspera do Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
Ainda de acordo com os dados, ocorreram nove estupros, onde as vítimas têm de 14 a 18 anos, além de cinco casos de atos libidinosos, ou seja, é todo ato de satisfação da libido, de satisfação do desejo ou apetite sexual do agressor, e um aliciamento.
De acordo com o conselheiro tutelar Djan Moreira, a população precisa estar alerta ao problema, que é preocupante. “Temos de participar das ações direcionadas a esse grave problema, mobilizando os vários setores da sociedade e proteger nossas crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. É um problema grave, que precisa ser enfrentado de forma sistemática, trazendo maior visibilidade”, comentou.
Ainda segundo o conselheiro, o número de casos significa que as vítimas estão tendo mais coragem em denunciar, porém o que preocupa é que a maioria ainda teme acionar as autoridades. “Em muitos casos a vítima se omite, com medo, com vergonha. A investigação do estupro é muito dolorosa e complicada já que na maioria das vezes não há testemunhas. O que nos preocupa é a grande quantidade de vítimas que não denuncia. além de familiares que são coniventes com o que ocorre”, relatou.
Fonte: G1