Em evento paralelo ao primeiro Fórum dos Países da América Latina e do Caribe sobre Desenvolvimento Sustentável, a secretária-executiva da CEPAL, Alicia Bárcena, defendeu na quinta-feira (27) a emancipação econômica das mulheres, que ainda ocupam os piores empregos na região e vivem sobrecarregadas com atividades domésticas não remuneradas. Em média, oito em cada dez trabalhadoras estão nos setores de baixa produtividade.
Em evento paralelo ao primeiro Fórum dos Países da América Latina e do Caribe sobre Desenvolvimento Sustentável, a secretária-executiva da CEPAL, Alicia Bárcena, defendeu na quinta-feira (27) a emancipação econômica das mulheres, que ainda ocupam os piores empregos na região e vivem sobrecarregadas com atividades domésticas não remuneradas. Em média, oito em cada dez trabalhadoras estão nos setores de baixa produtividade.
Durante o painel “Compromissos e caminhos rumo a um planeta 50-50 em 2030”, realizado na Cidade do México, a dirigente da agência da ONU lembrou que a desigualdade de gênero se reflete no modo como as mulheres estão inseridas no mercado de trabalho. Profissionais latino-americanas e caribenhas têm menos acesso a tecnologia e ocupam um número bem maior do que os homens de postos envolvendo trabalho doméstico e de cuidados.
Outro problema são as atividades desempenhadas no ambiente familiar, mas que não são remuneradas. O valor desse trabalho, lembrou Bárcena, foi estimado em 24,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no México, 20,4% na Colômbia, 18,8% na Guatemala e 15,2% no Equador.
A chefe da CEPAL enfatizou que as questões de gênero atravessam todos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e que os esforços para cumpri-los devem buscar também a redução das disparidades entre homens e mulheres.
Bárcena apontou ainda que, em 2017, completam-se 40 anos da primeira reunião da Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e Caribe. Foi a partir da Conferência, um organismo subsidiário da CEPAL, que países chegaram a um consenso quanto à Agenda Regional de Gênero.
O evento paralelo contou com a participação da diretora regional do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Jessica Faieta, e da diretora regional da ONU Mulheres para as Américas e o Caribe, Luiza Carvalho, além de representantes da ONU Meio Ambiente, da Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da Organização Internacional para as Migrações (OIM) e do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS).
Fonte: Onu