
Prefeita de Temixco, Gisela Raquel Mota Ocampo. Foto: Reprodução
Quatro homens armados dispararam em Gisela Raquel Mota Ocampo em sua residência, logo após ela assumir o cargo no sábado (02). Agências da ONU se preocupam com o efeito que o assassinato pode provocar na equidade de gênero para a política mexicana.
Os escritórios no México da ONU Mulheres e do Alto Comissariado das ONU para os Direitos Humanos condenaram nesta terça-feira (05) o assassinato de Gisela Raquel Mota Ocampo, prefeita do município de Temixco, em Morelos, que aconteceu no sábado (02), poucas horas após assumir o cargo.
A prefeita foi atingida por tiros disparados por um grupo de quatro homens que entraram em sua casa. A mãe de Gisela também se encontrava no local no momento do atentado.
As agências da ONU destacaram que, apesar dos avanços no México para a obtenção de equidade política entre homens e mulheres no Congresso, este incidente pode inibir a participação política feminina nos municípios, onde suas presenças ainda são insuficientes.
As entidades também pressionaram as instituições competentes para atuar com rapidez e investigar o assassinato, tomando em conta a perspectiva de gênero, de forma a capturar, julgar e punir os autores materiais e intelectuais.
“O assassinato de Gisela Raquel Mota Ocampo não é apenas um crime grave, mas também interrompe o exercício dos direitos políticos das mulheres reconhecido e garantidos pela Constituição mexicana e os tratados internacionais”, afirmaram em nota as entidades da ONU.
Fonte: Nações Unidas