
Novo guia vai ajudar a reduzir as mortes maternas e infantis. Foto: OMS/Opas
Guia da agência da ONU afirma que a maioria das mortes acontece nas primeiras 24 horas depois do parto; organização diz que maior parte dos óbitos pode ser evitado.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, lançou esta sexta-feira um novo guia de checagem para os trabalhadores do setor que pode ajudar a reduzir as mortes maternas e infantis.
Segundo a OMS, mais de 130 milhões de nascimentos são registrados todos os anos no mundo. Calcula-se que as mortes maternas cheguem a 303 mil.
Regiões Pobres
Os dados mostram que o número de natimortos, bebês que nascem mortos, é de 2,6 milhões. Outros 2,7 milhões de recém-nascidos morrem durante os primeiros 28 dias de vida.
A agência da ONU explica que esses óbitos ocorrem em regiões pobres, de baixos recursos e sem assistência médica especializada.
A Organização Mundial da Saúde afirma que “a maioria das mortes maternas e infantis acontece, geralmente, no momento do parto ou nas primeiras 24 horas depois do nascimento”.
O guia da OMS tem como foco as principais causas de morte, que são: hemorragia pós-parto, infecção, parto obstruído, pré-eclâmpsia e asfixia ao nascer.
Padrões de Cuidado
A diretora-geral assistente da agência para Sistemas de Saúde e Inovação, Marie-Paul Kieny, disse que “muitas mulheres e crianças ainda estão morrendo durante o parto de causas que podem ser evitadas, geralmente ligadas à baixa qualidade de assistência”.
Segundo ela, o guia vai ajudar os trabalhadores de saúde a seguirem os padrões essenciais de cuidados para cada parto”.
O documento foi lançado inicialmente como um projeto piloto em nove países da África e da Ásia.
ODS14
Em setembro, a comunidade internacional concordou com os novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS, que incluem metas para reduzir as mortes maternas e infantis no mundo.
Para avançar com essa agenda, a OMS e organizações parceiras lançaram também a nova Estratégia Global para a Saúde de Mulheres, Crianças e Adolescentes 2016-2030.
O documento serve como um mapa para que os países possam avaliar investimentos e ações necessários possam pôr um fim às mortes e melhorar a saúde e o bem-estar do grupo.
Fonte: ONU