A atuação no trabalho doméstico é uma das maiores disparidades entre os sexos
A desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho ainda é notável, e a atuação no trabalho doméstico é uma das maiores disparidades. Segundo relatório lançado pela Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres da Presidência da República, a ocupação feminina no mercado de trabalho tem maior desemprego, menos participação e mais informalidade.
Os dados coletados foram da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2012. Na época, o total de pessoas trabalhadores domésticos remunerados, de 16 anos ou mais, era de mais de seis milhões, desse número mais de 92% eram mulheres e 63,4% delas eram negras.
A proporção de mulheres ocupadas no trabalho doméstico diminuiu de 15,5% para 14,7%. Apesar disso, elas ainda continuam em desvantagem. Dos trabalhadores domésticos, 28,4% das mulheres tinham carteira assinada, contra 50,2% dos homens. Além disso, a diferença entre negros e brancos é evidente no salário. As domésticas negras recebiam, em 2012, em média, R$ 546,15, e as brancas R$ 637,30.
Na comparação entre os sexos, os homens ainda têm rendimento superior. Os R$ 579,81 delas representa 68% dos R$ 848,45 deles. Apesar da disparidade, as diferenças no trabalho doméstico também são relacionadas com os tipos de atividades realizadas: os homens são a grande maioria entre os jardineiros, caseiros, motoristas e as mulheres são as babás, faxineiras e cozinheiras.
Fonte: Admite-se – CorreioWeb
Foto: www.mises.org.br